Releases 12/04/2016 - 10:49

Diabetes tipo 1: jovem retrata a vida de quem sobrevive a batalha diária contra a doença


São Paulo --(DINO - 12 abr, 2016) - Aos 16 anos, Marina de Barros Collaço descobriu que tinha diabetes tipo 1, após uma grave crise de cetoacidose que a deixara em coma por três dias. Trata-se de uma doença autoimune responsável pela destruição das células produtoras de insulina. De um dia para o outro, a menina saudável e alegre passou a desenvolver os sintomas clássicos da doença: muita sede, sono, fraqueza, fadiga, enurese e fortes dores de cabeça e nos músculos.

A partir de então, a jovem, que era fã de judô, teve que conviver diante de uma nova realidade, a difícil rotina diária de controle do diabetes. Esse hábito representaria para Marina uma questão de vida ou morte. "Comecei a tomar oito injeções de insulina diariamente, medir a glicose pelo menos três vezes ao dia, beber muita água, e tive que mudar radicalmente meus hábitos alimentares, além de ter muita paciência, pois mesmo após todos esses cuidados, as crises de hiperglicemia voltavam a acontecer, além de também sofrer com as hipoglicemias graves", comenta Marina.

A hipoglicemia é um distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue, que causa entre outros sintomas, tonturas, taquicardia, náuseas, alterações do nível de consciência e perturbações. No caso do diabetes tipo 1, se não controlada a tempo, pode levar à morte.

Já em 2011, com o apoio dos pais, Marina resolveu substituir as incômodas injeções por uma bomba de infusão contínua de insulina - equipamento pequeno e portátil que permanece "conectado" ao seu corpo, de forma subcutânea, que libera insulina de ação rápida 24 horas por dia. Essa tecnologia ajudaria a ter mais controle sobre a glicemia, e por consequência, diminuiria suas crises de "hipo".

Diabética Tipo Ruim: o lado emocional que precisa ser falado

Aos 31 anos e formada em marketing, Marina amadureceu como mulher e como diabética. Em meio às frequentes crises, quase que diárias, ela compreendeu que a melhor forma de se manter viva e saudável seria estudar a fundo tudo sobre a doença. Hoje, Marina é uma das poucas pessoas que falam abertamente acerca da difícil rotina de sobreviver com
o diabetes tipo 1, e mais do que isso, é uma das personalidades mais influentes sobre o assunto na Internet.

Há três anos, ela criou uma página no Facebook com o objetivo de estimular a comunicação com outros diabéticos, dar apoio e dividir sua dramática história de vida com pessoas que pudessem estar passando pela mesma situação. Foi então que nasceu a página "Diabética Tipo Ruim" (facebook/diabeticatiporuim), que retrata de forma espontânea, divertida e sem nenhuma vaidade, os problemas do dia a dia causados pela falta de insulina.

Usando sua vida como exemplo em situações diárias, Marina mostra que a vida não é "normal" e nada fácil depois do diabetes, mas que com certeza, pode ser vivida intensamente entre os intervalos de aplicação de insulina.

Hoje, a página chega a quase 8 mil curtidas, com um alcance superior médio de 23 mil pessoas em cada publicação. E toda essa determinação fez com que Marina projetasse sua carreira ir muito além. Em abril, ela irá lançar o livro "Crônicas da Diabética Tipo Ruim", editora Book Express, que fala sobre o dia em que ela foi diagnosticada e conta os momentos mais marcantes e difíceis da sua vida na luta contra o diabetes tipo 1.

Seu blog (http://www.diabeticatiporuim.com.br/), conta com mais de 1,4 mil acessos ao mês, e traz à tona uma discussão que muitos portadores da doença parecem não querer encarar, motivados infelizmente, pela falta de informação e orientação adequada: que o diabetes tipo 1 é fatal e não tem cura. "Meu objetivo é fazer com que as pessoas entendam que ser diabético não é só tomar insulina e não comer doce. Eu quero que as pessoas entendam que existe todo um processo cansativo e psicológico nisso. E mais, quero que outros diabéticos entendam que não estão sozinhos nessa luta. Precisamos nos unir, juntar forças e sobreviver dia após dia. Temos que olhar além da doença!", desabafa.

Uma causa que vai além do engajamento

Ainda não existe no Brasil uma loja física dedicada exclusivamente a produtos fashion para diabéticos. Pensando nisso, Marina acaba de lançar sua loja on-line com produtos que vão de camisetas a capinhas de celular, tudo direcionado ao público da página e do blog. "Vestir uma camiseta ou usar uma capinha de celular não está ligado apenas a moda, mas sim à causa. Muitas pessoas não fazem ideia de que seus colegas de trabalho possuem uma doença tão séria, e boa parte delas, certamente não saberiam como ajudar em caso de emergência. Por isso, a informação é o grande aliado no tratamento e na disseminação de conteúdo correto para os não diabéticos. A visão de boa parte das pessoas é que o diabetes só acontece em gente obesa e idosa, e a coisa não é bem assim", comenta a blogueira.

Trabalhando na "Blue November"- campanha mundial de conscientização dirigida a sociedade e aos portadores do diabetes tipo 1, sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença - Marina dedica-se a publicar durante todo o mês de novembro, posts relacionados a histórias reais de seus leitores, às doenças relacionadas ao diabetes e como preveni-las. Ela até criou um Quiz, uma forma divertida para levar informação às crianças, mas tudo isso, segundo ela, "É surpresa e você terá que acompanhar na minha página para poder brincar e aprender". O diabetes afeta mais de 12 milhões de pessoas, só no Brasil.

"Pintar o cabelo de azul não vai efetivamente mudar as coisas. O Novembro Azul, assim como o Outubro Rosa, serve para alertar as pessoas sobre a existência de doenças que, muitas vezes, a gente não vive em nossa realidade. A falta de informação nos torna ignorantes. E é pela ignorância que nos tornamos cada vez mais preconceituosos. E sendo preconceituosos, nos tornamos indiferentes e injustos. E eu quero muito acabar com isso", finaliza.

Sobre o diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes com a doença. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais, e há risco de morte se as doses de insulina não são dadas diariamente. Embora ocorra em qualquer idade, é mais comum ser diagnosticado em crianças, adolescentes ou adultos jovens. Estima-se que haja, pelo menos, 400 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo, e no Brasil, são cerca de 12 milhões de portadores, segundo dados do Ministério da Saúde e de sociedades médicas. Morrem a cada ano, aproximadamente 5 milhões de pessoas por complicações causadas pela doença.

Sobre Marina Barros
Marina Barros é blogueira, fotógrafa e amante da vida. Portadora do diabetes tipo 1, desde 2013 dedica-se integralmente na orientação adequada, disseminação de informação, engajamento da sociedade e opinião pública, para a realidade de quem sobrevive a batalha diária com a doença. Sua página no Facebook (facebook.com/diabeticatiporuim), conta com mais de 8 mil curtidas e um alcance superior a 23 mil pessoas em cada publicação.
O blog (www.diabeticatiporuim.com.br) é um dos mais visitados e influentes sobre o assunto, ajudando milhares de famílias no Brasil e no exterior a enfrentarem as dificuldades dessa doença fatal e sem cura. Sua missão pode ser definida como: "Ajudar o maior número de pessoas que sofrem com o diabetes tipo 1. Mostrar a elas como encarar os obstáculos e dificuldades da doença, sem abrir mão da sua liberdade e da vontade de viver tudo aquilo que quiser".

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