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DINO - 28 abr, 2017) - Hoje é fato reconhecido: as ideias mais criativas não vêm na frente do monitor. O espaço de trabalho tem que ser projetado para desencadear não apenas a inovação, mas também a colaboração.
Espaços aconchegantes, sofás, mesas giratórias ou sem cadeiras, hot desking. Até nada de mesas!
Mas como saber se alguma destas abordagens é eficaz? Os dados usados pelas empresas para medir o custo do espaço por metro quadrado estão focados na eficiência individual, enquanto as interações "face to face" são de longe a atividade mais importante dentro do escritório . Em outras palavras, a maioria das avaliações de desempenho dos funcionários baseiam-se na produtividade individual e não levam em consideração como a produtividade do grupo pode crescer através de mais interação.
De uma certa forma, o espaço de trabalho digital aumenta a confluência das iniciativas individuais, com ferramentas de compartilhamento de documentos e comunicação, como bate-papo, e-mail e arquivamento.
"Mas um bom conceito arquitetônico - diz Jean-François Imparato, CEO do Escritório Arealis - faz a diferença levando em consideração a densidade, a proximidade das pessoas da mesma área ou de departamentos diferentes. Várias pesquisas sugerem que a criação de espaços confluentes, ou seja favorecendo encontros casuais e interações não planejadas, entre os colaboradores, e até entre os mesmos e pessoas fora da empresa, melhora o desempenho e a produtividade".
Os espaços podem ser projetados para produzir resultados de desempenho específicos: produtividade em um espaço, aumento da inovação em outro, ou ambos, no mesmo espaço, mas em momentos diferentes. A fusão de padrões de comunicação digital com o espaço físico pode aumentar a probabilidade de interações que levam à inovação e produtividade.
A empresa tem que enxergar o espaço de trabalho não como apenas como um ativo para ser amortizado, mas como uma ferramenta estratégica para o crescimento.
O escritório do futuro provavelmente incluirá espaços altamente interligados, compartilhados e polivalentes que redefinirão fronteiras entre os departamentos de uma organização e até entre empresas diferentes. Para melhorar o desempenho de todos.
As empresas, junto com os arquitetos, tem que projetar espaços versáteis, para equipes em evolução.
Uma sede é muito mais que um imóvel: é uma ferramenta de comunicação.
Ainda precisa-se saber como os colaboradores falam uns com os outros, quem fala com quem, qual é o padrão de tráfego dos funcionários dentro do espaço de trabalho e onde passam mais tempo. Isso para promover a probabilidade de encontros casuais e levar os colaboradores a interagirem mais com a própria equipe, mas também com outros grupos, e até com pessoas de fora da empresa.
O tipo de interação que é mais valioso muda de acordo com os objetivos: maior produtividade, mais criatividade?
Uma vez que a empresa identificou o padrão que está tentando alcançar e como este padrão afeta os resultados, pode começar a calcular o valor dos espaços de trabalho, não apenas seus custos.
Exemplo básico: como fazer para que a equipe de vendas interaja com as pessoas do marketing? Arrancar as « copinhas do café » que poucos estão usando, e criar uma grande cafeteria para todos os funcionários, gerando assim um espaço de confluência crucial.
Mas vamos além do exemplo trivial da cafeteria, para projetar o espaço de trabalho no futuro: esses últimos anos, cresceram muito os espaços de coworking, reproduzindo a comunidade, a interação social, a aprendizagem e a energia típicas do trabalho on-line, ao mesmo tempo que proporcionam o benefício da proximidade física. Afinal, foram espaços de experimentação da confluência máxima, otimizando a eficiência do espaço de trabalho pela interação que, sabemos agora, aumenta tanto a produtividade como a criatividade. E deu certo! Grandes corporações estão imitando cada vez mais a ideia, criando espaços compartilhados onde seus funcionários podem trabalhar com seus colegas, clientes, parceiros e pesquisadores.
Daqui a pouco, campus corporativos gigantescos entrelaçarão espaços públicos e privados, colaboradores e parceiros, vivendo e trabalhando juntos.
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