Releases 17/08/2016 - 14:53

Revista RI debate: Privatizar é a solução?


São Paulo--(DINO - 17 ago, 2016) - A desvalorização das empresas estatais listadas na BM&FBovespa traz à tona a discussão se é compatível uma empresa de controle governamental ter ações cotadas em bolsa e também no mercado internacional. Ao mesmo tempo, a venda destes ativos pode ser um plano B para resolver as contas do governo. A sinalização da venda, por si só, já levaria a uma forte recuperação das cotações.

Dados da edição de agosto da Revista RI analisam seis companhias estatais controladas pela União federal com ações negociadas na BM&FBovespa: Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e BB Seguridade. Seus ativos (imobilizados, investimentos, intangíveis) valem cerca de R$ 750 bilhões e o Patrimônio Líquido encontra-se na casa dos R$ 380 bilhões.

Deste patrimônio, a União, como acionista controlador, detém cerca de R$ 220 bilhões, ou pouco mais de 57% do total, restando cerca de R$ 160 bilhões em poder de aproximadamente 700 mil acionistas privados. Com exceção da BB Seguridade, lançada mais recentemente que as demais (abril.2013), as ações dessas companhias estatais são negociadas em valores sensivelmente inferiores a seus valores patrimoniais, menos de R$ 106 bilhões, ou 66% do seu valor.

A Revista Ri destaca ainda que há uma expressiva participação de investidores estrangeiros, que movimentam seus capitais nas bolsas de Nova York e de Madrid, onde se negociam ações da Petrobras, da Eletrobras e do Banco do Brasil. As duas primeiras estão sendo processadas no mercado internacional, o que demonstra a irresponsabilidade de gestão do governo quando autorizou companhias estatais a se submeterem tão rigorosamente a leis de mercado de capitais de outros países.

A edição deste mês da Revista RI, que chega às bancas esta semana, já pode ser conferida em sua versão eletrônica no site: www.revistaRI.com.br
Website: http://www.revistari.com.br/205