Releases 09/07/2018 - 18:07

Especialista em finanças explica qual postura o investidor deve adotar na nova realidade do mercado financeiro


São Paulo, SP--(DINO - 09 jul, 2018) -
De outubro de 2016 até março de 2018, a taxa Selic foi cortada 12 vezes seguidas, chegando ao menor patamar histórico desde 1999 (quando começou o regime de metas de inflação). O Comitê de Política Monetária definiu em junho deste ano manter a taxa básica de juros em 6,5%, algo considerado novo para a realidade do Brasil.

O que se percebe nesse contexto é a necessidade da mudança de comportamento (https://www.youtube.com/watch?v=hav1kahALfg&feature=youtu.be) do investidor brasileiro. O histórico ciclo de juros “nas alturas” e alta inflação são responsáveis pelo hábito de grande parte da população em manter o dinheiro na Caderneta de Poupança ou outros investimentos de baixo risco, mesmo com a existência de outras opções mais rentáveis. O educador financeiro, autor e instrutor do curso Blueprint - Formação de Investidores (http://bit.ly/Blueprint4LV), André Massaro, destaca que o entendimento do que é “investimento conservador” e “investimento agressivo” precisa mudar, especialmente em um cenário onde se ganha cada vez menos na renda fixa.

Massaro explica que as taxas de juros do país caminham, no longo prazo, rumo àquilo que se pratica em países desenvolvidos (ainda que possam subir no curto prazo) e com isso, os investidores precisam redefinir os conceitos de “investidor agressivo” e “investidor conservador”. Aquilo que é hoje é visto por muitos como  agressivo poderá ser o “conservador” de amanhã, e isso sem nenhuma garantia de que se pode conseguir manter os níveis de ganhos atuais. A concepção simplista de que a “renda fixa é conservadora” enquanto a “renda variável é agressiva”, mais do que nunca, precisa ser repensada. “O brasileiro vai precisar mudar o perfil, atitude e comportamento como investidor se quiser ter resultados expressivos”, enfatiza Massaro.

É fácil de entender a aversão do brasileiro ao risco. O desempenho ruim da bolsa fez os fundos de ações caírem, em média, 5,9% na primeira quinzena de junho, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima. Com isso, a perda acumulada no ano foi de 7,2%.

Assim como em outras situações da vida, os riscos não podem ser previstos, mas podem ser gerenciados. Massaro explica a necessidade de se compor uma carteira de investimentos que combine instrumentos com variados graus de risco (dos mais conservadores aos mais agressivos), porém estruturada de uma forma coerente e adequada para minimizar os riscos e maximizar os retornos. “Cada vez será mais importante que as pessoas não invistam em instrumentos individuais, e sim em carteiras compostas onde se possa avaliar o nível de risco, segurança e rentabilidade”.

Ganhar dinheiro de forma tranquila no mercado financeiro tem se tornado algo cada vez mais difícil e desafiador, e os investidores atuais precisam adotar uma postura mais proativa, investindo não apenas o dinheiro, mas investindo também no conhecimento e na própria formação como investidor. E isso vale tanto para os iniciantes quanto para aqueles experientes, porém com vícios de mercado e que precisam reciclar e desaprender muito do que aprenderam e, ao menos em alguns pontos, “recomeçar do zero” se quiserem, neste novo cenário, ter resultados expressivos e com segurança.



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