Páscoa inclusiva: projeto disponibiliza receitas para pessoas com restrições alimentares
Belo Horizonte - MG--(DINO - 23 mar, 2016) - Normalmente, a Páscoa é uma data onde as famílias se encontram para confraternizar, recarregar as energias e comer um pouquinho de chocolate, uma tradição em especial para nós, brasileiros. O ato de presentear com ovos de chocolate, entretanto, constitui um sério problema para uma parcela importante da população que possui algum tipo de restrição alimentar. São pessoas que possuem alergia à proteína do leite de vaca, ao cacau, à soja ou outro alergênico utilizado como ingrediente na produção dos ovos de chocolate convencionais.
As alergias alimentares constituem uma resposta anormal do organismo (defesa do sistema imunológico) após o contato com algum componente do alimento. Os sintomas variam de manchas na pele, coceira, rouquidão e vômito até diarreia, dor abdominal, queda de pressão e falta de ar e, nos casos mais graves, choque anafilático. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), aproximadamente 10% da população brasileira tem alergia a algum tipo de alimento. No Brasil, cerca de 8% das crianças (aproximadamente 5 milhões) e 3% dos adultos.
Para Carla Maia, idealizadora do projeto Menu Bacana, as datas tradicionais representam um grande desafio na vida dos alérgicos e seus familiares. Segundo ela, "o único tratamento para a criança ou adulto que recebe o diagnóstico de alergia alimentar é a dieta de exclusão do alergênico. Ao excluir o alergênico, a família está imediatamente tolhida de participar de uma série de eventos nos quais a comida tem um papel simbólico aglutinador, como as datas comemorativas. Mais do que novos produtos especiais para os alérgicos, o fundamental é iniciarmos um processo de mudança na cultural da invisibilidade na qual os alérgicos estão inseridos."
Para as pessoas que possuem algum tipo de restrição alimentar, as dificuldades vão além de se conseguir comprar o ovo de chocolate na Páscoa. No dia a dia, as adversidades estão relacionadas à ausência de informações adequadas nos rótulos, falta de produtos específicos e carência de estabelecimentos seguros para saborear uma simples refeição. Nas datas comemorativas como Natal e aniversários, o desafio do alérgico torna-se ainda mais árduo, na medida em que são poucos os locais e eventos preparados para receber pessoas com este tipo de restrição alimentar.
Na Páscoa, data na qual o costume de oferecer e receber ovos de chocolate se tornou uma tradição, a solução para as pessoas com restrição alimentar é a criatividade. Para Carla Maia, o alérgico e seus familiares possuem alternativas ao clássico ovo de chocolate: "a dieta de exclusão do alergênico não pode significar a exclusão do convívio social. O ovo de chocolate - como qualquer comida - é um fato social carregado de significado em nossa sociedade. A pessoa com algum tipo de alergia alimentar pode e deve participar deste momento tão simbólico, mas deve realizar algumas adaptações".
O projeto Menu Bacana é um espaço de elaboração, desenvolvimento e compartilhamento de receitas sem leite, ovo, soja e glúten. O objetivo do projeto é incentivar o retorno ao ato de cozinhar como um instrumento de empoderamento de pessoas e familiares afetados pelas restrições alimentares. O site possui mais de 100 receitas específicas para os alérgicos e que podem ser acessadas livremente pelos usuários.
Para saber mais:
Facebook - https://www.facebook.com/MenuBacana/
Website: http://menubacana.com/
Instagram - @menubacana
Website: http://menubacana.com/
As alergias alimentares constituem uma resposta anormal do organismo (defesa do sistema imunológico) após o contato com algum componente do alimento. Os sintomas variam de manchas na pele, coceira, rouquidão e vômito até diarreia, dor abdominal, queda de pressão e falta de ar e, nos casos mais graves, choque anafilático. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), aproximadamente 10% da população brasileira tem alergia a algum tipo de alimento. No Brasil, cerca de 8% das crianças (aproximadamente 5 milhões) e 3% dos adultos.
Para Carla Maia, idealizadora do projeto Menu Bacana, as datas tradicionais representam um grande desafio na vida dos alérgicos e seus familiares. Segundo ela, "o único tratamento para a criança ou adulto que recebe o diagnóstico de alergia alimentar é a dieta de exclusão do alergênico. Ao excluir o alergênico, a família está imediatamente tolhida de participar de uma série de eventos nos quais a comida tem um papel simbólico aglutinador, como as datas comemorativas. Mais do que novos produtos especiais para os alérgicos, o fundamental é iniciarmos um processo de mudança na cultural da invisibilidade na qual os alérgicos estão inseridos."
Para as pessoas que possuem algum tipo de restrição alimentar, as dificuldades vão além de se conseguir comprar o ovo de chocolate na Páscoa. No dia a dia, as adversidades estão relacionadas à ausência de informações adequadas nos rótulos, falta de produtos específicos e carência de estabelecimentos seguros para saborear uma simples refeição. Nas datas comemorativas como Natal e aniversários, o desafio do alérgico torna-se ainda mais árduo, na medida em que são poucos os locais e eventos preparados para receber pessoas com este tipo de restrição alimentar.
Na Páscoa, data na qual o costume de oferecer e receber ovos de chocolate se tornou uma tradição, a solução para as pessoas com restrição alimentar é a criatividade. Para Carla Maia, o alérgico e seus familiares possuem alternativas ao clássico ovo de chocolate: "a dieta de exclusão do alergênico não pode significar a exclusão do convívio social. O ovo de chocolate - como qualquer comida - é um fato social carregado de significado em nossa sociedade. A pessoa com algum tipo de alergia alimentar pode e deve participar deste momento tão simbólico, mas deve realizar algumas adaptações".
O projeto Menu Bacana é um espaço de elaboração, desenvolvimento e compartilhamento de receitas sem leite, ovo, soja e glúten. O objetivo do projeto é incentivar o retorno ao ato de cozinhar como um instrumento de empoderamento de pessoas e familiares afetados pelas restrições alimentares. O site possui mais de 100 receitas específicas para os alérgicos e que podem ser acessadas livremente pelos usuários.
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