Releases 03/08/2016 - 10:05

Mercado Editorial Brasileiro reconhece o autor independente


Belo Horizonte--(DINO - 03 ago, 2016) - O mercado editorial cresce, pouco, mas cresce. Tendo como pano de fundo uma crise nacional e até internacional, todo crescimento é bem-vindo. O número de leitores aumentou e vem crescendo a cada ano que passa. Mesmo que ainda esteja longe do que consideramos ideal. Pesquisa realizada pelo IBOPE encomendada pelo Instituo Pró Livro afirma que 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro, além do fato de que as mulheres leem mais do que os homens. Mas o que isso nos diz? Esses dados mostram o potencial do setor. Passeando pelas grandes capitais é possível encontrar em metrôs, ônibus, praças, pessoas com livros nas mãos. Sabemos que são inúmeras as ações que incentivam a literatura e elas tomaram conta do país nos últimos anos. Feiras como a bienal do livro e eventos como a FLIP se reproduzem por todo o Brasil. Autores novos e consagrados ganham exposição nacional graças aos meios digitais. Portais de leitura e escrita se popularizaram e hoje a Amazon.com.br representa a maior autoridade em venda de livros digitais, os ainda pouco divulgados e-books, sob a plataforma Kindle.

Alguns fenômenos editoriais cooperaram para o crescimento do interesse pelos livros. E podemos considerar, com devido respeito, a saga do mágico Hary Potter, a trilogia Crepúsculo e mais recentemente a trilogia 50 Tons de Cinza, como as literaturas que despertaram o interesse pela leitura nos jovens por todo o país. O lançamento de "50 Tons de Cinza" despertou um interesse que andou adormecido nos últimos 30 anos. Os livros de bolso como Bianca, Júlia, e Sabrina, nos anos 80, eram uma febre entre as adolescentes. Amores impossíveis entre amantes de classe social ou culturas diferentes eram o arcabouço das histórias. Hoje, com o novo comportamento feminino em relação aos seus desejos e posicionamentos sociais, o gênero, cunhado de pornô soft chamou atenção de leitoras de várias idades. Os livros eróticos são milenares e, curiosamente, literatura eróticas, existem há séculos. Os títulos mais recentes, no entanto, são elaborados com cenas mais picantes e apresentam um mundo erótico de possibilidades para mulheres que não teriam contato com essa realidade, por isso são títulos mais voltados para o público feminino.

O erotismo é um tema que sempre atraiu leitores, mas ainda é um gênero mal visto. Mesmo sabendo que autores como Dalton Trevisan, Mario Vargas Llosa, João Ubaldo Ribeiro e outros pesos da literatura dedicaram seus talentos a esse gênero.

Hoje, escritores amadores começam a publicar seus textos em portais dedicados a escrita como Recanto das Letras e História Erótica. Com o tempo escritores amadores tomam gosto e se tornam autores. Publicam seus livros na Amazon que hoje tem grande parcela de suas vendas no formato de e-book e em livros de romances eróticos. UM mercado de profissionais vem se formando para dar suporte aos autores independentes. Serviços de correção ortográfica, designer gráficos, ilustradores, profissionais desenvolvedores de E-book e muitos outros tornam possível a publicação direta pelo escritor. Autores como Paulo Canarim que publicou um livro de contos eróticos, ana Pauvolih que possui mais de vinte títulos publicados possuem autonomia sobre suas publicações e decidem, inclusive, sobre os preços de venda de seus livros e suas margens de lucro.

O interesse pela leitura, ferramentas que facilitam a publicação e venda, as redes sociais são o começo para os amantes da escrita. Se você é uma dessas pessoas que escreve e esconde seus textos, muna-se de coragem e publique. Use as redes sociais para divulgar para seus amigos e surpreenda-se seus leitores. Você pode estar privando seus leitores de seus textos e livros.