Releases 05/06/2018 - 14:08

Simpósio sobre Defensivos Agrícolas aborda atualização de legislação e registro de produtos fitossanitários


Piracicaba (SP)--(DINO - 05 jun, 2018) - A atualização nas leis sobre produtos fitossanitários e os trâmites para registro de defensivos químicos e biológicos foram alguns dos temas de destaque no segundo Simpósio sobre Defensivos Agrícolas, realizado nos dias 23 e 24 de maio no Parque Tecnológico de Piracicaba (SP). O evento também abordou assuntos referentes às tecnologias de aplicação e os desafios do setor, o que incluiu debates sobre o impacto dos defensivos ilegais e a resistência de pragas nas lavouras.

Ao todo, cerca de 200 pessoas, entre pesquisadores, profissionais do setor agro, colaboradores de empresas e produtores rurais assistiram a palestras e participaram de debates nos dois dias de evento. Autoridades e representantes do Ministério da Agricultura, Anvisa, Ibama, Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), Irac, Frac, Hrac, entre outros órgãos relacionados, também estiveram presentes.

O coordenador do evento, José Otávio Menten (USP/Esalq), destacou a pertinência e o alto nível dos debates levantados no Simpósio. Ele também reforçou a importância da interação entre o setor regulador (governamental) e regulado, como empresas fabricantes, registrantes de defensivos, consultores e academia. "É dessa interação que verificamos existir uma real possibilidade de se trabalhar tanto produtos químicos como biológicos, assim como outros métodos de manejo de pragas, como controle genético, controle cultural, desenvolvendo, de fato, tecnologias integradas que vão resultar em um maior número de alternativas para nossos produtores", cita Menten.

As discussões levantadas no Simpósio, reforçou o coordenador, contribuem para que o Brasil continue no caminho de liderança no agronegócio. "Além de uma orientação a todos os envolvidos, ficou clara a ideia de que existe a possibilidade de aprimorar processos através de uma ação positiva. No momento em que discutimos uma nova legislação, há a necessidade de toda a população, principalmente daqueles que conhecem mais o assunto, se manifestar de maneira clara, com propostas, para que esse processo seja aprimorado e que sejam retirados os gargalos que estão sendo tão criticados", afirmou.

Um dos temas de destaque do evento foram os defensivos biológicos - a realidade do setor, as perspectivas e o trâmite para registro. O presidente da ABCBio (Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico), Gustavo Herrmann, citou que os produtos biológicos já representam 70% do mercado de soja e que vão crescer muito em participação nos próximos anos. "Há uma premissa de que o (produto) biológico é só para cultura orgânica, que é fácil de fazer, que é baratinho, que qualquer laboratório faz, mas tudo isso não condiz com nossa agricultura atual. Daqui a dez anos falaremos muito mais sobre mercado consolidado de biológicos", considerou.

Também foram debatidas situações envolvendo o registro de defensivos para culturas de suporte fitossanitário insuficientes, como as do pimentão, repolho, abobrinha e brócolis, por exemplo. "Quando você discute e traz regras, isso permite uma fiscalização mais efetiva e a verificação de onde está o maior risco. Todo mundo sai beneficiado", citou Carlos Venâncio, representante do Ministério da Agricultura.

Realizado pelo Pecege, o Simpósio teve promoção da Aenda, InpEV, Irac, Andef, HRAC, Frac e Unifito, com apoio da ABCBio, Andav, CCAS, SRB, Abifina, Agrolink, Sindiveg e, AMA Brasil, Parque Tecnológico de Piracicaba e APLA.




Website: http://defensivos.pecege.com/