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DINO - 07 fev, 2019) - O varejo está mudando rapidamente e quem não acompanhar esta evolução ficará para trás neste mercado que é cada vez mais competitivo. Os consultores do Grupo GS& Gouvêa de Souza estão atentos a estas movimentações e trazem as previsões para o setor que, em 2025, segundo eles, uma delas é o aumento da presença do varejo brasileiro no mercado internacional.
Em 1948 a Sears abriu a primeira unidade no Brasil. Nos anos 1960, o primeiro shopping foi aberto. Nessa época, o varejo ainda era dominado por grupos familiares. O movimento atual que estamos vivendo ainda era incipiente. A maior aceleração do varejo aconteceu nos últimos 20 anos.
O PIB em 2000 era de 4,6 bilhões e hoje é de 7,9. A quantidade de lojas por 100 mil habitantes passou de 7 para 14, além disso, a informalidade diminuiu. 'Por outro lado, apenas pouco mais de 3% das vendas do varejo brasileiro acontecem no meio online', disse Yamashita.
De 2000 a 2009 a expansão do varejo aconteceu de forma mais forte. 'Foi um período em que os grupos financeiros, pela expectativa de manutenção do consumo vieram para o Brasil. também acontecerão fusões e aquisições para ajudar neste crescimento. O comércio eletrônico começou e enfrentou a bolha da internet, que atrasou o processo de digitalização aqui', resumiu Gouvêa.
De 2010 até hoje, aconteceu a expansão multicanal, a chegada do omniconsumidor empoderado e a maior consolidação do varejo. 'Por outro lado, grupos internacionais deixaram o Brasil porque tiveram dificuldades em manter seu modelo de atuação aqui e decidiram sair do país', explicou Gouvêa.
No ano passado encerramos o ciclo - da que foi talvez - a maior recessão da história brasileira. As empresas se tornaram mais eficientes e produtivas, devido às mudanças pelas quais tiveram que passar para enfrentar a crise. 'Novas tecnologias de VR e AR, além das de voz estão se desenvolvendo e vindo para o varejo', disse Marcos Gouvêa.
'A área de Material de Construção deverá ser marcada por fusões, marcas próprias e pelo uso de realidade virtual e realidade aumentada', disse Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP.
Já os segmentos de Farmácia e a Saúde deverão ser marcados pela consolidação do mercado, crescimento de marcas próprias. 'Além disso, nossa legislação tenderá a ser mais flexível, permitindo que novas categorias sejam comercializadas nestes locais', esclareceu Alexandre van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult.
Moda & Vestuário são marcadas pela preocupação com sustentabilidade que cresce entre os consumidores. 'A tecnologia deverá crescer também. É quase como se tivéssemos um smartwatch acoplado às nossas roupas. Elas serão adaptáveis à temperatura e poderão ajudar em deficiências e a evitar ataques cardíacos, por exemplo', disse Sandra Hayashida, sócia-diretora da GS&Digital.
Em Alimentos e Conveniência deverão surgir novos formatos, com lojas menores. A experiência e a conveniência deverão se manter e crescer, estando fortemente aliadas ao digital, com delivery, pick up in store e outras modalidades que facilitam as compras para os consumidores.
No setor de Foodservice, a alimentação fora de casa deve crescer. Robôs farão parte do dia a dia dos restaurantes, trazendo praticidade. 'Cerca de 30% da população brasileira será vegetariana. Existem controvérsias quanto ao número, já que os hábitos tendem a variar, mas esta é uma tendência', disse Cristina Souza, diretora-executiva da GS&Libbra.
Os automóveis autônomos devem crescer, assim como o compartilhamento. 'Todas estas mudanças obrigarão as montadoras a rever seus modelos de negócios. Os modelos de aluguel são um dos possíveis caminhos', disse Fabiana Mendes, sócia-diretora da GS&Friedman.
'As indústrias estão cada vez mais presentes no varejo e tendem a expandir por meio do franchising. As marcas que atuam pelo modelo tendem a crescer', disse Lyanna Bittencourt, sócia-diretora da Bittencourt.
'O e-commerce deve crescer, chegando a 80 e 85% do faturamento, tamanha a sua importância', disse Caio. A alimentação deverá ser o negócio chefe do online.
As Vendas Diretas também receberão a influência do digital. 'Novas categorias deverão entrar neste negócio, mas a área de beleza deverá continuar predominando', disse Janice Mendes, diretora da GS&Malls.
'Cerca de 80% dos novos shoppings centers deverão ser de uso misto, com hotéis, escritórios, etc. A área de Alimentação deverá crescer também, em uma tendência que já pode ser notada hoje', disse Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&Malls.
Marcos trouxe algumas projeções para o varejo até 2025. O setor deve crescer internacionalmente, devido ao acirramento da concorrência interna. A informalidade deve diminuir e o digital deve crescer, chegando a 8 ou 9%, se mantendo ainda baixo em relação ao resto do mundo, mas acima dos atuais 3,5%. Além disso, os fornecedores com canais exclusivos para o varejo devem crescer e as lojas nascidas digitais devem implantar plataformas omnichannel.
Nos próximos seis anos, os pagamentos digitais devem crescer ainda mais, as realidades aumentada e virtual devem ajudar o e-commerce a recuperar a rentabilidade. As marcas próprias continuarão a trajetória de crescimento. Empresas internacionais também aumentarão suas participações no mercado brasileiro e a quantidade de empresas de capital aberto deve crescer.
Aqui estão algumas previsões:
? Aumento da presença do varejo brasileiro no mercado internacional
? Redução significativa da informalidade
? Consolidação do digital
? Incremento do número de fornecedores com canais exclusivos para o varejo
? Aumento de marcas nascidas digitais que se tornam Omni
? Importante crescimento do número de marcas próprias
? VR Commerce / Reconhecimento facial com presença marcante no varejo
? Significativa participação do Mobile Payment em todos os segmentos
? Maior participação de grupos internacionais no varejo brasileiro
? Aumento do número de empresas com capital aberto
? Expansão da participação de grupos financeiros no varejo
Website:
http://www.gouveadesouza.com.br