Releases 19/02/2016 - 15:04

Os escritórios de advocacia depois da crise


São Paulo, SP.--(DINO - 19 fev, 2016) - Como será o novo modelo de negócios dos escritórios de advocacia depois da crise? Essa foi a pergunta de grandes e médios escritórios de advocacia americanos, os chamados - "big law"- , acostumadas a ganhar muito dinheiro, que cobravam honorários por hora e repassavam ao cliente qualquer centavo de gasto, mas sem o alinhamento mundial das grandes empresas do mercado americano que se viram obrigadas a se ajustar depois da crise de 2008.

Os escritórios de advocacia corporativos brasileiros seguem os padrões americanos de cobrança de honorários com algumas pequenas variações (os grandes tentam manter a política de honorários por hora; alguns praticam a cobrança de valores fixos, principalmente para processos, com alguma flexibilidade e percentual de sucesso; e os escritórios butiques, altamente especializados, que podem cobrar por complexidade do processo), porém todos eles usam a taxa horária de seus integrantes com base para suas estimativas de valores, sem se preocupar muito com eficiência ou produtividade.

Quem faz a análise é José Paulo Graciotti, fundador da Graciotti Consultoria Empresarial, empresa especializada em gestão e atualização de escritórios de advocacia. Com 27 anos de experiência na área, o engenheiro Graciotti se especializou no planejamento, implantação de processos para eficiência e gestão do conhecimento.

"Minha experiência mostra que nesse mercado temos um "gap" de cerca de 5 a 10 anos em relação ao que acontece nos EUA e que acaba acontecendo aqui no Brasil. Refiro-me especificamente às mudanças tecnológicas, de gestão e comportamento de clientes e não às crises econômicas que têm causas, tempos e períodos diferentes (aqui e lá), mas as suas consequências são parecidas. Neste aspecto devemos aproveitar esse "gap" e aprender com experiência vivida pelos escritórios americanos na sua crise e tirar o que de positivo foi feito por aqueles que a superaram, obviamente adaptando à realidade brasileira", explica Graciotti.

O modelo de negócio tem que mudar. Os escritórios precisam se reinventar. Graciotti tem algumas dicas:

? Estreitar relacionamento com clientes.
? Investir (mais que o normal) em tecnologia e estrutura de back-office.
? Ter políticas claras de atração e retenção de talentos.
? Criar estrutura sistemática e profissional de precificação.
? Estudar e apresentar formas alternativas de cobrança de honorários.
? Estudar formas de remuneração de seus colaboradores que incentive a produtividade.
? Adotar a filosofia / conceito de gestão de seu conhecimento na organização
? Repensar a estrutura de remuneração de sócios
? Adotar uma gestão profissional de sua organização.
? Reavaliar sua estrutura de custos (não com o objetivo simples de cortar custos e sim de fazer mais com menos).

Fonte ? José Paulo Graciotti, engenheiro formado pela Escola Politécnica com especialização Financeira pela FGV e especialização em Gestão do Conhecimento pela FGV. Membro da ILTA? InternationalLegalTechnology Association. Há mais de 27 anos implanta e gerencia escritórios de advocacia - www.graciotti.com.br

Website: http://www.graciotti.com.br/site/