São Paulo, SP--(
DINO - 30 nov, 2016) - "Quando um acidente de avião acontece é normal que tenda a ser catastrófico e desperte muita comoção e tristeza em todos. No caso da tragédia ocorrida com a delegação Chapecoense nesta madrugada, é preciso considerar que estavam no topo do sucesso profissional e que, a partir de agora, mesmo com toda tristeza e dificuldade, será o momento de dar continuidade à história do time e apoio para os jogadores, profissionais, familiares e amigos que continuam.
O luto nunca é uma tarefa fácil de se passar e tem suas etapas. A dor de um ente querido é uma dor que precisa ser superada de forma individual e a aceitação é muito difícil, por isso é preciso dar tempo ao tempo.
Com relação ao medo e tensão que normalmente costumam aumentar após episódios assim, o que procuramos fazer é lembrar que todos estamos sujeitos a qualquer tipo de acidente, não apenas aéreos, então é preciso manter a calma e procurar controlar eventuais sentimentos negativos. Lidar com o medo, inclusive, é sempre algo muito difícil, mas é preciso mentalizar que estar em determinadas situações pode ser necessário e é preciso enfrentar.
Vejo que, normalmente, assim como os profissionais do esporte, os pilotos possuem uma paixão sem igual pela profissão. Trata-se de uma profissão de alto risco, mas quem a escolhe, a escolhe com muito amor. Acidentes podem ocorrer em qualquer momento e sempre serão tristes, com todas as etapas de luto e dor a serem passadas, mas é preciso continuar. Para isso, sugiro inclusive que seja procurado apoio psicológico se necessário."
* Priscila Asimoto, psicóloga clínica e especializada em aviação civil, e coach membro da Sociedade Brasileira de Coaching.
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