Releases 20/12/2018 - 18:50

Mercado de US$ 2,1 bilhões, blockchain pode mudar para DLT


(DINO - 20 dez, 2018) - O mercado de soluções de blockchain movimentará em torno de US$ 2,1 bilhões em 2018, segundo uma pesquisa global feita pela IDC. O volume é mais do que o dobro dos US$ 945 minhões faturados por esta área em 2017. Ainda de acordo com a IDC, a projeção é que tais investimentos sigam crescendo em ritmo frenético nos próximos três anos, atingindo taxas de crescimento anual na casa dos 81,2%. Se isso se comprovar, as cifras investidas globalmente em blockchain passarão dos US$ 9,2 bilhões em 2021.A expansão, segundo a consultoria, não deve se dar somente em números, mas também em setores de adoção. Embora ainda seja bastante ligado ao conceito das criptomoedas, o blockchain vem obtendo, nos últimos anos, adesão de empresas de diversos segmentos, que utilizam o modelo de registro descentralizado da tecnologia em seus processos. Para 2019, especialistas preveem um uso ainda mais abrangente do blockchain, em frentes das mais variadas, o que inclui desde o setor de saúde até o segmento aeroespacial. Entretanto, as consultorias globais indicam que pode haver mudança na terminologia: de blockchain, as soluções podem passar a ser chamadas de DLT (Distributed Ledger Technology).Segundo aponta a Forrester em suas previsões para 2019, a mudança no nome serve para diminuir a associação da tecnologia com as criptomoedas, que ainda geram um certo grau de desconfiança junto a alguns gestores de TI.De acordo com Brayan Poloni Cislaghi, CTO da Introduce, empresa especializada em serviços de TI, seja qual for o nome escolhido, a tecnologia tem tudo para ganhar escala nas empresas brasileiras a partir de 2019."Estudos apontam que a receita de serviços de blockchain no Brasil, poderão crescer até 63,4% até 2024, portanto podemos contar que nomes como Ethereum e Hyperledger Fabric se tornarão mais familiares aos CTOs muito em breve", explica o executivo.Para o CTO, aos poucos os diretores de tecnologia das empresas estão perdendo seus receios quanto ao blockchain, devido à necessidade de inovar para reduzir custos em suas operações. Um exemplo é o da rede varejista Walmart, que empregou a tecnologia para controlar sua cadeia de suprimentos (supply chain)."Os registros descentralizados e imutáveis que compõem o blockchain colaboram para que os gestores tenham mais segurança em suas movimentações, sejam elas financeiras ou de estoques, por exemplo", complementa Poloni.No âmbito local, porém, o uso do blockchain - ou DLT - pode ainda não ser uma prioridade para as empresas, conforme aponta o CTO da Introduce. Segundo ele, toda organização pode usar esta inovação para melhorar seus processos internos, mas cada uma tem seu tempo e suas prioridades de melhores usos (controle de ativos, transações financeiras, supply chain etc.) - para implementá-la."De qualquer forma, já temos diversos exemplos de como a tecnologia pode revolucionar as operações, e cabe às organizações avaliarem o impacto que essa mudança pode causar caso queiram adotá-la. Assim, fica mais fácil saber o 'se' e o 'quando' para o blockchain", finaliza o especialista.