Curitiba--(
DINO - 23 nov, 2018) - Para construir, decorar ou reformar, a assessoria de um profissional de Arquitetura pode representar economia de tempo e dinheiro, além de uma maior qualidade na execução e no resultado. O trabalho do arquiteto vai desde os estudos para implantação, projeto para instalações elétricas, hidráulicas e iluminação, até definição de acabamentos como móveis e cortinas, por exemplo.
Para ajudar na compreensão do processo de criação do trabalho de um arquiteto, conversamos com a arquiteta curitibana, Renata Pisani, que acumula um portfólio de 18 anos de experiência e mais de 200 projetos executados.
1. Briefing inicial
Nesta etapa, as informações fornecidas pelo cliente são muito importantes para o estudo inicial do projeto. Para isso, a arquiteta precisa de documentos pessoais do cliente e do imóvel, como guia amarela, registro de imóveis e normativas internas de condomínios.
"O briefing inicial é composto pelas informações referente ao projeto e questões burocráticas do imóvel. Nele contém as informações necessárias para que possamos verificar restrições de uso, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, recuos e afastamentos e número de vagas permitidas", explica Renata Pisani.
2. Dados e necessidades
Nesta etapa é definido um fluxograma/organograma dos espaços, bem como características funcionais da obra. São definidos também compartimentação e dimensionamento preliminares, população fixa e variável, fluxos de pessoas, veículos e materiais, mobiliário, instalações e equipamentos básicos.
O cumprimento de prazos é estabelecido nesta etapa do projeto, para que a arquiteta solicite todos os recursos necessários para execução do projeto. A partir disso é definido acabamentos e sistema construtivo pretendido. No último tópico deste passo é feito um levantamento topográfico planialtimétrico, que descreve o terreno com precisão, indicando os limites, construções vizinhas e internas à área, ruas e as calçadas limítrofes, além da vegetação do local.
3. Estudo preliminar
"Depois de feito um levantamento, apresentamos uma solução que consideramos a melhor, considerando o dimensionamento, setorização e funcionalidade. Esses pontos irão garantir a definição do estudo preliminar que melhor se encaixe na necessidade do cliente", explica.
Em seguida é feita a distribuição dos ambientes para obter o melhor aproveitamento da ventilação e iluminação natural, proporcionando conforto ambiental em cada espaço projetado. "Cada detalhe é importante para segurança e qualidade da obra ou do projeto de interiores", complementa a arquiteta Renata Pisani.
4. Anteprojeto
A partir da escolha do projeto (passo anterior), a arquiteta faz o desenvolvimento com representação das informações técnicas provisórias. É a hora de produzir as plantas, cortes e elevações em 3D, além da distribuição de pontos elétricos básicos. Especificação e definição dos materiais, acabamentos, mobiliário e outros itens importantes para a evolução do projeto também são apresentados nesta etapa.
Ao final haverá informações suficientes para a contratação de sondagem e dos projetos complementares e dar início aos orçamentos de execução de obra.
5. Projeto de Personalização
Este é o momento que a arquiteta cria um briefing completo do conceito dos ambientes, contendo definição de equipamentos de áudio, vídeo e eletrodomésticos (com seus manuais) e outros elementos que necessitem instalação especial ou grande porte. Em seguida inicia-se o desenvolvimento dos espaços que possuem instalação hidráulica ou que podem alterar alvenaria (aberturas).
6. Projeto legal
Aprovado o projeto e tendo em mãos toda documentação necessária, a arquiteta inicia a parte burocrática. O projeto arquitetônico é encaminhado para análise e aprovação pelos órgãos competentes para obtenção do alvará e demais licenças indispensáveis para a atividade de construção.
"Essa é uma parte fundamental e é quando muitos têm prejuízo quando não têm uma assessoria especializada. Um projeto mal elaborado pode representar a não liberação da obra e, posteriormente, a não averbação dela", reforça a arquiteta.
7. Coordenação dos projetos complementares
Inicia-se a seleção e orçamentos dos projetos complementares específicos desenvolvidos por profissionais externos ao escritório, como: hidráulico, elétrico, fundação, estrutural, prevenção de incêndio, CFTV, drenagem águas pluviais, GLP, gases especiais, climatização, elevadores, luminotécnico, sonorização, entre outros que serão necessários.
Feito a escolha e seleção dos projetos complementares específicos, inicia-se a compatibilização do projeto arquitetônico com os demais projetos complementares.
8. Projeto executivo e detalhamento
O projeto é apresentado com as informações técnicas definitivas para execução de obra. Em seguida, a arquiteta trabalha em um detalhamento e memorial de tudo que foi acordado.
9. Acompanhamento de obra
A arquiteta começa o processo de acompanhamento, passo a passo, da obra. Além da visita ao local de obra, ela tem o compromisso de tirar dúvidas com fornecedores e solucionar os problemas técnicos que podem ocorrer durante a obra. A execução deverá ser feita por empresas especializadas que forneçam garantias nos serviços prestados.
"Estar presente em cada fase do projeto garante que o trabalho seja executado de acordo com o contrato com o cliente, proporcionando assim um ótimo resultado e um projeto excelente do início ao fim", finaliza.
Website:
http://www.rparquitetura.com.br