São Paulo, 13 de dez 2018. (ACSP). Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, os resultados de outubro do comércio brasileiro divulgados hoje pelo IBGE “vieram abaixo do esperado e podem ser explicados por dois fatores: incerteza política e espera pela Black Friday”.
Para ele, “a insegurança do consumidor em torno da eleição, com um pleito dividido entre lados bem opostos na cena política, provocou a postergação de vendas; ele não quis se comprometer com grandes compras sem saber quem comandaria o futuro do País”. Além disso, diz Burti, “é possível que ele tenha optado por esperar as ofertas da Black Friday”.
Ele afirma ainda que o aumento de 1,9% no varejo restrito frente a outubro de 2017, que ficou abaixo do esperado, é uma tendência já identificada pela ACSP, que na semana passada divulgou estimativa de crescimento mais modesto ? entre 2% e 3% ? para as vendas de fim de ano.
Burti também destaca que o avanço de 7,8% no segmento “outros artigos de uso pessoal e doméstico” foi puxado pelo Dia das Crianças, uma vez que inclui brinquedos. Já o ramo de supermercados, que tem o maior peso dentro do cálculo do IBGE, subiu apenas 2,2%, seguindo o comportamento da massa salarial.
“Além disso, é preciso chamar atenção para a queda elevada de 23,1% no ramo de livros, jornais, revistas e papelaria, o que reflete o cenário de demissões e recuperações judiciais de editoras e empresas do setor”, conclui o presidente da ACSP.
(Renato Santana de Jesus, Assessoria de Imprensa ACSP,
rjesus@acsp.com.br
(11) 3180-3220)