RIO DE JANEIRO--(
DINO - 29 jan, 2019) - O termo Slow Fashion nunca esteve tão em alta como agora, temas como sustentabilidade, ecologia, desperdício zero e moda sem resíduos já fazem parte do repertório de muitos cariocas na hora de vestir, consumir e se comportar. O conceito de Slow Fashion, que em tradução para o português é "Moda Lenta" foi cunhado por volta do ano de 2004, em Londres, por Angela Murrills, uma escritora de moda da revista de notícias on-line Georgia Straight, é uma alternativa à moda globalizada que visa a fabricação de roupas e acessórios em massa, o marketing com um apelo extremamente agressivo e incentivo ao consumismo sem significado, ocultação dos impactos ambientais do ciclo de vida do produto, o custo baseado em mão de obra barata e matéria-prima de baixa qualidade.
A prática do slow fashion no cotidiano para as marcas de moda pode ser desafiadora, mas também é possível criar novas demandas e serviços como fez a estilista de noivas Marcela Abdalla do MEECK Atelier que além de fazer o vestido de noiva, também oferece o serviço de ressignificação do vestido usado na cerimônia. "O processo é 100% artesanal e uso uma técnica de estamparia botânica em que é possível transformar o vestido da cerimônia em uma outra peça com a flores usadas da data do sim", afirma a estilista do MEECK Atelier. Para Marcela o traje da cerimônia de casamento é tão especial que pode ser ressignificado para ser usado mais vezes, depois do processo de ressignificação é possível usar o vestido do dia em qualquer situação. Ele não precisa ficar guardado no armário.
Outra questão que permeia esse movimento é a necessidade de comprar roupas novas a cada estação, ter roupa do verão, do inverno, da primavera e do outono não fazem muito sentido para quem pratica o slow fashion. Esse é o caso da NAIAH Moda Inclusiva que oferece às suas clientes roupas como vestidos, blusas, macacões e casacos que podem ser usados o ano todo, não só apenas em uma estação como a indústria da moda costuma pregar para criar demanda. Felipe Lontra, fundador da NAIAH e apaixonado por moda afirma que o slow fashion também é um estilo de vida e forma de trabalhar. "Trabalhamos com coleções cápsulas, ou seja, pequenas tiragens de diferentes cores e estampas, o que reduz muito a possibilidade de erro e desperdício, e buscamos fazer coleções atemporais. Nossas peças não vem com uma data de validade, porque não seguimos o calendário padrão de coleções. Desenvolvemos produtos de acordo com o nosso próprio tempo e inspiração", afirma Felipe Lontra, fundador da NAIAH Moda Inclusiva.
Serviço:
Naiah:
https://www.naiah.rio.br/Meeck Atelier de Noivxs:
https://meeck.com.br/hall/Website:
https://meeck.com.br/hall/