Iniciativa atua na regularização socioambiental, assistência técnica e gestão de produtores rurais.
A sustentabilidade no campo brasileiro encontrou um aliado estratégico com o Programa Escritórios Verdes 2.0, da JBS. Presente na Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga, o programa apoia pequenos e médios produtores a se regularizarem, adotarem práticas sustentáveis e melhorarem a gestão de suas propriedades, sem abrir mão da produtividade.
"Antes, nossa abordagem era de exclusão: quem não estava em conformidade socioambiental era bloqueado. Hoje, com os escritórios verdes, damos oportunidade para que o produtor se regularize e retome sua participação no mercado formal", explica Liège Correia da Silva, diretora de sustentabilidade da JBS.
O programa se sustenta em três pilares fundamentais. O primeiro é a regularização socioambiental, que envolve cadastro ambiental, recomposição de áreas degradadas e cumprimento das normas sobre desmatamento ilegal. "O bloqueio, na maioria das vezes, está relacionado ao desmatamento ilegal. Nosso papel é ajudar o produtor a ajustar suas práticas e manter suas terras dentro da lei", diz Liège.
O segundo pilar é a assistência técnica, que leva soluções de agricultura e pecuária regenerativa ao campo, incluindo manejo do solo, pastagens adensadas e bem-estar animal. "A pecuária também é agricultura. Cuidar do solo, da planta, do animal e da atmosfera permite que se produza mais sem desmatar novas áreas", explica a executiva.
O terceiro pilar é a assistência de gestão, que auxilia o produtor a organizar finanças, melhorar resultados e destravar acesso a crédito. "A vida do produtor é um componente social essencial. Um produtor com documentação regularizada consegue negociar melhor, acessar crédito e investir em sustentabilidade", observa Liège.
Com 20 escritórios físicos e uma central virtual que atende todo o Brasil, o programa já regularizou mais de 20 mil propriedades. Além de garantir conformidade e produtividade, os escritórios verdes incentivam práticas modernas, como integração lavoura-pecuária-floresta e plantio direto, consolidando o Brasil como referência em agricultura tropical sustentável. De acordo com Liège, "quando o produtor percebe os resultados no campo, ele se engaja. Produções vizinhas mostram diferenças de rendimento, e o efeito é contagiante: boas práticas se espalham, fortalecendo a sustentabilidade e a resiliência da produção rural."
O programa mostra que é possível alinhar meio ambiente, produtividade e bem-estar social, transformando desafios climáticos em oportunidades concretas para o campo brasileiro e tornando a sustentabilidade a base de toda a cadeia produtiva.