Rio de Janeiro, RJ--(
DINO - 30 jan, 2019) -
O estudo “
O Papel de Recursos Humanos na Gestão de Conflitos Organizacionais” realizado pela
ABRH-SP em 2017, que serve como alerta até hoje, teve como referência um questionário enviado para seis mil organizações membros do ABRH e 236 respostas serviram de análise quantitativa e apontou que mais de 70% dos conflitos nas organizações ocorrem com frequência.
Esse indicador reflete a preocupação que as empresas devem ter em gerenciar os conflitos de forma eficaz, para não comprometer o bom clima organizacional. A edição de janeiro do
Portal PME NEWS, entrevistou o Professor de MBAs da
PUC-Rio e
FGV, Doutor em Psicologia, Palestrante e Coach em Solução de Conflitos e em Carreira,
Marcelo Carpilovsky. Ele cita as causas e os tipos de conflitos mais comuns que ocorrem no ambiente de trabalho.
“Os conflitos podem ter causas variadas e, em geral, ocorrem quando pensamos que alguém está nos impedindo de alcançar algo que desejamos ou quando nos sentimos ameaçados. Uma modalidade de conflito está relacionada a diferenças quanto à definição de objetivos, isto é, para onde vamos. Esse tipo é muito comum entre sócios, em conselhos de administração e na alta direção”.
O professor destaca também a importância dos conflitos para o crescimento da empresa.
“O conflito não é bom ou mau em si; ele é natural, faz parte da vida. Fundamental é a forma como o conflito é abordado. Muitos conflitos são necessários para o crescimento de uma empresa. Por exemplo, em questões ligadas à inovação e à mudança organizacional, tem força, na boa gestão, o pensamento de que “se não mudarmos, não sobreviveremos.” Esse preceito traz uma elevada demanda em relação à capacidade de administrar transições e formar acordos. Muitas vezes, a empresa vai bem, seu produto principal se destaca no mercado, porém a mudança ambiental exige reformulações”.
Agir mediante um conflito é um grande desafio segundo Carpilovsky, ele recomenda seguir a "base da teoria dos conflitos".
“A base da teoria de conflitos é que eu não posso mudar o outro diretamente, mas sim a minha ação; e, mudando a minha ação, passo a receber respostas diferentes do outro”.
Para refletir, ele deixa uma importante mensagem ao leitor:
“Os conflitos têm vida própria. Se forem ignorados ou mal administrados, tendem a se intensificar, levando a desgastes, a perdas significativas ou a própria dissolução do negócio. Conduzidos de forma adequada, podem ser fonte de crescimento e de renovação”. Marcelo Carpilovsky.
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