São Paulo - SP--(
DINO - 20 fev, 2019) -
Fazer com que os
gastos com habitação caibam dentro dos recomendados
30% do orçamento pessoal ou familiar se torna um desafio cada vez maior. A dificuldade pode ser elevada se a pessoa quiser morar próximo ao trabalho, o que, via de regra, economiza nos gastos com transporte e traz benefícios muito almejados relacionados ao ganho de tempo, com maior qualidade de vida.
Em média, um morador de São Paulo gasta 2 horas e 43 minutos se deslocando, sendo que desse tempo, 1 hora e 57 minutos é para uma atividade principal como ir ao trabalho ou estudar. O levantamento é resultado da
Pesquisa de Mobilidade Urbana na Cidade, feita pelo
Ibope Inteligência, e constata uma realidade diária que o
Mora pretende melhorar. A
startup foi criada para
oferecer habitação acessível em locais repletos de comércio, serviços e empresas, onde as pessoas economizam tempo ao se deslocarem.
Com um projeto bem pensado, o sócio-fundador Arthur Norgren busca descomplicar a vida das pessoas trazendo uma opção para que elas morem nos centros comerciais de São Paulo. Os apartamentos de 20m² com previsão de inauguração no meio deste ano, são construídos com
módulos pré-fabricados de aço estrutural reforçado. O empreendimento localizado no bairro Vila Madalena estará disponível para alugar e terá 18 unidades totalmente equipadas com mobiliário e eletrodomésticos, distribuídas em três andares. Tudo por meio de um aplicativo gerenciado pelo
Mora, que de forma descomplicada e flexível permitirá locações por prazos variados em contratos sem fiador ou burocracias como as exigidas por imobiliárias, e a um custo
20 a 30% menor que o de um apartamento com as mesmas características, construído de maneira convencional. “Fizemos pesquisas de consumo e vimos que as pessoas estão trocando os metros quadrados para não pegar trânsito e ficarem mais próximas do lazer”, conta Arthur.
Ideias que geram sustentabilidade
O projeto do
Mora leva a
metade do tempo para ficar pronto, comparado a uma construção em alvenaria, e ainda traz o viés da sustentabilidade ao usar pouca água em seu processo produtivo e deixar de gerar 150 quilos de resíduos por metro quadrado construído. Mas se a
construção civil ainda gera muitos resíduos, a
Aterra vem atuando para ir além da destinação correta de materiais como solo, cimento, madeira e aço, que são geralmente destinados às caçambas e terminam em um aterro.
O CEO da
startup, Fernando Andrade, diz que seu desafio é dar a
destinação correta aos resíduos, com rastreabilidade,
gastando poucos recursos e ainda gerar lucro financeiro e de imagem. “A
Aterra busca novas aplicações que surgem no mercado. Se trabalhamos antecipadamente, encontramos outras soluções que podem conectar as necessidades, como o solo de escavações que vira material de aterro em outra obra”, exemplifica.
O processo funciona por meio de uma plataforma com uma rede fechada de negócios sustentáveis, que vai desde os contatos iniciais até o fechamento de transações. O diferencial é a
agilidade, pois ela não é somente um local para buscar parceiros e fornecedores, mas antevê o que acontece nas obras e
conecta as empresas de acordo com o interesse no material e a geração deste.
Os resultados aparecem nos números: a
Aterra gerou cerca de
três milhões de reais de receita para os clientes, em movimentação financeira. Nas edições de 2017 e 2018 da Casacor, a redução foi de
52% nos custos com destinação de resíduos e a promoção de aterro zero. Além disso, em cinco projetos de construção civil que atuaram foram gerados
R$0,32 em benefício econômico (custo evitado + receita com a venda de resíduo) para cada quilo de material reaproveitado.
Mentoria
As empresas
Aterra e
Mora participam da
segunda edição do programa do OKARA Hub para tração e inovação das chamadas
construtechs -
startups do ramo da construção civil. Ambas passarão durante seis meses por atividades que englobam
workshops, palestras e mentorias, junto a executivos de renomadas empresas do setor, com foco no desenvolvimento para o mercado. O
OKARA Hub é uma iniciativa da
Engeform,
Athié Wohnrath,
Temon,
Grupo GPS e a
MPD Engenharia.
Website:
http://www.okarahub.com.br