Releases 20/12/2017 - 18:20

Riscos e benefícios ao uso do ar-condicionado


Rio de Janeiro--(DINO - 20 dez, 2017) - Os últimos momentos que antecedem o início do verão, já mostraram um pouco como serão os dias até o final dessa estação. Algumas regiões registraram termômetros nas máximas, com sensação térmica chegando aos 55 graus - ou mais - em algumas localidades. Com isso, é natural que o ar condicionado seja um companheiro inseparável em muitas casas e muitos escritórios. Mas nem sempre a invenção de Willis Carrier será benéfica para a saúde das pessoas, principalmente em se tratando do grupo dos alérgicos, que não é pequeno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% das pessoas ao redor do mundo já apresentam algum tipo de alergia, percentual que só cresce.Para o coordenador técnico do Brasil Sem Alergia, o médico Marcello Bossois, o ar condicionado, quando em funcionamento, reduz bastante a umidade e produz um ressecamento do local. "Com um ar mais seco, o ambiente acaba sendo prejudicial para quem sofre de alergia respiratória, provocando rinite, laringite, faringite e até a rinoconjutivite, que é a inflamação dos olhos", comenta.Mas os problemas não param nas alergias. Com o passar do tempo e com o uso constante do aparelho, os dutos e as tubulações do ar condicionado acumulam colônias de bactérias e até animais em decomposição, como no caso de insetos, pombos e morcegos. Ao respirar o ar contaminado, as pessoas dão espaço para o surgimento de diversas doenças, principalmente nas vias respiratórias, sobretudo nos pulmões.Segundo Dr. Bossois, uma das bactérias mais perigosas encontradas nas tubulações é a legionella, que é a causadora de infecções agudas e pneumonia, podendo até levar à morte. O ex-ministro das Comunicações, Sérgio Motta, por exemplo, faleceu por complicações como decorrência desta doença, após contraí-la da tubulação de um ar condicionado central.A partir do falecimento do ex-ministro, o Ministério da Saúde criou uma portaria que esclarece normas da higienização mensal dos aparelhos de ar. A limpeza deve ser feita com uso de um produto biodegradável notificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).A limpeza não deve se restringir apenas ao filtro do aparelho, de acordo com a médica Patrícia Schlinkert, mas o ar condicionado deve passar por uma manutenção de 6 em 6 meses. "A sujeira acumulada pode ser bastante prejudicial às pessoas, especialmente aos idosos, que já são mais suscetíveis a infecções respiratórias", alerta. "A pneumonia atípica, que é silenciosa e não apresenta sintomas, é perigosa e pode levar crianças e idosos a óbito", completa Dra Schlinkert, que também coordena o projeto social Brasil Sem Alergia.A solução é simples, segundo os especialistas:- Procure manter o ar condicionado em uma temperatura amena, evitando deixar o ambiente muito seco;- Jamais deixe o ar no máximo;- Faça a limpeza do filtro mensalmente;- Faça uma manutenção do aparelho a cada seis meses.Sobre o Brasil Sem AlergiaCom mais de 200 mil atendimentos gratuitos já realizados (superior à população de Resende-RJ, o Brasil Sem Alergia é um projeto social que oferece gratuitamente diversos procedimentos de prevenção, combate e controle de processos alérgicos e de doenças imunológicas. Com três postos na Baixada Fluminense (Duque de Caxias, Xerém e Nova Iguaçu), um na Zona Oeste do Rio (Realengo) e uma quinta unidade na Região dos Lagos (Iguaba Grande), a equipe da ação social oferece, sem qualquer custo, testes alérgicos, atendimento médico, orientação multidisciplinar e exame de espirometria (teste de sopro). O projeto está à disposição de toda a população do Rio de Janeiro de segunda a sábado, com agendamento através do telefone 21 4063-8720 ou através do site www.brasilsemalergia.com.br