Belo Horizonte/MG--(
DINO - 14 set, 2016) - Estatísticas e pesquisas apontam que 90% das empresas brasileiras são controladas por pessoas da mesma família. Apenas 30% desses empreendimentos sobrevivem até a segunda geração e somente 5% chegam à terceira geração.
Vários fatores influenciam a falta de continuidade ou fechamento das empresas familiares. Mateus Bonaccorsi, autor do livro Governança Jurídica nas Empresas Familiares, afirma que uma gestão eficaz pode assegurar a conservação do patrimônio nas mãos da família e a sobrevivência do negócio ao longo do tempo e gerações.
O autor do livro lista questões que atrapalham a administração das empresas familiares como: contas pessoais dos sócios pagas pela empresa; contabilidade atrasada; brigas de família e sucessão mal resolvida; o "cunhado" trabalha na empresa; o "filho" recebe e não presta serviço (cabide de emprego da família); despesas da "fazenda" pagas pela sociedade; sócios sem remuneração fixa; empregada doméstica remunerada pela empresa; mesada de familiares paga pela empresa entre outros.
"A gestão da empresa familiar deve ser profissional, nunca amadora. Planejamento estratégico, controle de gastos, orçamento, análise da concorrência e ferramentas de gestão como softwares são princípios básicos em qualquer organização", analisa Matheus Bonaccorsi.
Segundo Mateus Bonarcossi, instrumentos contratuais e societários devem ser utilizados na empresa familiar. "A complexidade das relações interpessoais existentes nas empresas familiares não podem interferir na gestão profissional", ensina o autor.