Releases 30/09/2021 - 15:46

Estudo da Abramge indica que quase 3 milhões de brasileiros usam telemedicina


Brasília, DF--(DINO - 30 set, 2021) -

O levantamento realizado pela Abramge indicou um aumento de 14,4% no uso da telemedicina no período de um ano, totalizando mais de 2,8 milhões de consultas realizadas a distância. Essa pesquisa foi feita considerando as operadoras de planos de saúde que, em conjunto, atendem cerca de 9 milhões de beneficiários no Brasil.

Mas, ainda existem indicações de que os números desse estudo podem ser maiores. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cerca de 48 milhões de pessoas utilizam plano de saúde no Brasil, número que equivale a população da Espanha. Além disso, com a pandemia, surgiram também novas empresas com especialização em serviços para a área da saúde, conhecidas como healthtechs.

As healthtechs investiram na digitalização do atendimento médico, conseguindo assim se consolidar no mercado. Segundo dados divulgados pelo jornal Estado de S. Paulo, em julho de 2021, o Centro de Inovação Distrito identificou a existência de 900 healthtechs no Brasil, que juntas receberam apenas no primeiro semestre US$183,9 milhões em investimentos.

O diretor da Doutor Acesso, empresa de planos de benefícios, Raphael Serra afirma que a telemedicina é uma tendência que veio para ficar. “Com a pandemia, as pessoas estão com medo de ir aos hospitais. Por isso, estão optando inicialmente pelo atendimento médico à distância. Caso o profissional de saúde indique a necessidade de uma avaliação presencial, o paciente terá que sair de casa para buscar o tratamento”, explicou.

Apesar de evitar aglomerações, o uso da telemedicina veio com riscos para os dados dos pacientes. Um levantamento realizado pela consultoria PwC informa que dados relacionados à saúde, incluindo informações pessoais e clínicas, valem cerca de 25 vezes mais que material financeiro em mercados clandestinos.

Segundo pesquisadores, esses conteúdos são mais complexos que outras informações comercializadas ilegalmente. A ficha do paciente tem informações como filiação, endereço, número dos documentos, entre outros, o que torna o valor delas mais alto.

Outra pesquisa da PwC, realizada em 2019, informa que 50% dos executivos brasileiros afirmam que a preocupação com a cibersegurança e a privacidade prejudica estratégias digitais. Esse assunto está em constante discussão no país e a criação de medidas como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais é a confirmação de que serviços digitais como a telemedicina estão ganhando espaço no mercado.

Atendimento

As facilidades propostas pela telemedicina se tornaram um diferencial para o atendimento médico durante a pandemia, afinal muitas pessoas seguem evitando aglomerações. De acordo com a pesquisa realizada em nome da Johnson & Johnson Medical Devices Companies, 81% dos entrevistados se sentem confortáveis ao utilizar a telemedicina.

A beneficiária Sheila Francelino já utilizou a telemedicina e aprova o serviço: “É prático porque não preciso me deslocar; é seguro, pois não tenho contato com outras pessoas doentes na recepção do hospital; e é rápido, já que sou atendida em no máximo 10 minutos. Uso e aprovo a telemedicina”.

Para o diretor da Doutor Acesso, o uso da telemedicina está transformando o segmento de saúde: “Hoje, as pessoas querem comodidade acima de tudo. Os usuários querem aproveitar os serviços disponíveis com facilidade. Por isso, temos como uma das nossas metas apostar no atendimento médico à distância”, destacou Raphael Serra.

A telemedicina pode ser utilizada em qualquer lugar, permitindo ainda que o paciente realize a consulta através do celular. Apesar disso, existem casos que devem ser tratados presencialmente, tornando possível que as duas modalidades de atendimento coexistam.

Regulamentação

Em 2020, o governo federal sancionou temporariamente o uso da telemedicina durante a pandemia e o CFM, Conselho Federal de Medicina, autorizou o uso dessa modalidade de atendimento para realizar: teleorientação, onde os médicos poderão orientar e encaminhar pacientes em isolamento; telemonitoramento, para que a saúde dos pacientes seja monitorada a distância seguindo as orientações médicas e; teleinterconsulta, permitindo que médicos troquem informações e opiniões entre si, auxiliando no diagnóstico dos pacientes.

O uso permanente desta modalidade segue em discussão dentro do governo e do CFM desde 2020. Atualmente as preocupações estão relacionadas a regulamentação e a proteção de dados. Por esse motivo, é indicado aos beneficiários o uso de plataformas seguras ao acessar o serviço.



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