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DINO - 15 dez, 2015) - O conglomerado Hypermarcas, que inclui produtos farmacêuticos e bens de consumo, anunciou recentemente uma previsão
EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization - que significa Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português) bilionária, que ultrapassada a casa de R$ 1,1 bilhão para 2016. Esse é um indicador financeiro muito importante no meio empresarial pois ele representa quanto uma empresa é capaz de gerar em recursos através de suas atividades operacionais, sem levar em consideração o montante gasto com impostos e outros fatores financeiros como a depreciação.
Marcio Alaor, executivo do Banco BMG, relembra que a empresa é uma das maiores do país na venda de produtos farmacêuticos, sendo responsável por marcas como Epidrat, Hydraporin, Pom Pom e outras. O conglomerado também possuia marcas de grande valor no mercado brasileiro no segmento de cosméticos, como Monange, Risqué e Cenoura & Bronze, que foram recentemente vendidas para a empresa francesa Coty, uma das mais importantes do setor em âmbito global, detentora de marcas bastante relevantes internacionalmente como Marc Jacobs, Calvin Klein e Chloé.
A negociação, que foi aprovada no início de dezembro pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), custou cerca de R$ 3,8 bilhões e foi vista pelo mercado como uma tentativa da Hypermarcas de evitar um endividamento maior e ao mesmo tempo, se concentrar na área dos produtos farmacêuticos, que são a especialidade e o segmento mais lucrativo da empresa. Marcio Alaor, do Banco BMG, noticia ainda que segundo o
Conselho de Administração da Hypermarcas, a empresa também vem demonstrando um crescente interesse em vender outras marcas do grupo, em especial as de produtos descartáveis, nas quais se encontram a Jontex, Cremer Disney, Bigfral e outras. Essa atitude é outro indicativo que ressalta o direcionamento do grupo em se desfazer aos poucos de suas marcas que não sejam relacionadas ao setor farmacêutico.
Antes da efetivação da venda das
marcas do segmento dos cosméticos, o executivo do Banco BMG, Marcio Alaor relembra que o Ebitda da Hypermarcas estava em cerca de R$ 860 milhões, substancialmente inferior aos números recém-divulgados após a negociação. Desse modo, é possível perceber que a estratégia de mercado adotada pelo conglomerado parece estar dando certo no que diz respeito a valorização da empresa no mercado.
Outra questão estratégica da Hypermarcas, segundo Marcio Alaor, do Banco BMG, é a aprovação de um programa de recompra de ações pelo Conselho de Administração da empresa. De acordo com as informações divulgadas após uma reunião recente entre sócios e acionistas, o programa, que inicialmente tem um prazo de 18 meses, engloba a recompra de até 5 milhões de ações, que em termos financeiros, significam quase 1,5% dos papéis totais da empresa. Portanto, fica evidente a relevância representada pela Hypermarcas no cenário econômico brasileiro atual, no qual a empresa se estabelece no patamar dos conglomerados com Ebitda bilionário. Marcio Alaor do BMG informa também que os planos da empresa nas próximas semanas envolvem novos encontros com investidores e analistas de mercado, de modo que a companhia permaneça tomando boas decisões e continue atraente em termos de investimento.
Website:
http://marcioalaorbmg.com/