Brasil--(
DINO - 27 mar, 2019) -
A partir da próxima segunda-feira (1º de abril), os medicamentos vendidos nas farmácias brasileiras devem ter um aumento de 4,5% em função do reajuste do PMC (Preço Máximo ao Consumidor), que é determinado anualmente pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e leva em conta a inflação do período.
Para este ano, a expectativa é que os fármacos cheguem a valores 4,46% mais altos. Comparado aos anos anteriores, o reajuste pode ser considerado baixo — em 2016, os preços subiram até 12,5%.
Nas farmácias e drogarias, os novos preços devem ser fixados aos poucos, a medida em que os estoques vão sendo substituídos. A recomendação dos especialistas, no entanto, é aproveitar a semana que antecede o reajuste para adquirir os medicamentos, especialmente os de uso crônico.
“Quem faz uso crônico dos medicamentos pode antecipar as compras e adiar o impacto no bolso. É possível driblar o aumento até mesmo se o remédio exige receita, como é o caso dos antidepressivos. Para isso, basta conversar com o médico responsável e
adiantar a prescrição”, explica Paulo Vion, executivo da plataforma Consulta Remédios, ferramenta que faz a comparação de preços de medicamentos na internet.
A
pesquisa de preços é fundamental. Mesmo medicamentos do mesmo fabricante podem ser encontrados em diferentes farmácias com diferenças de preço que podem chegar a 900%. “Se uma farmácia estiver vendendo o produto pelo preço máximo permitido, o consumidor poderá encontrar em uma loja concorrente o mesmo produto por menos da metade do preço, basta se organizar e consultar os comparadores de preços disponíveis na internet”, alerta Vion.
Outra dica para tentar diminuir os efeitos do reajuste no orçamento doméstico é optar pelos
medicamentos genéricos, que apresentam o mesmo princípio ativo, dose e indicação terapêutica do medicamento referência (aquele que possui marca). Ou seja, no geral, eles terão a mesma eficácia. Ao comprar este tipo de fármaco, a economia pode ser de até 35%. “O médico saberá indicar se é possível fazer a troca pelo genérico”, afirma o executivo.
Atenção ao PMC
O chamado Preço Máximo ao Consumidor, ou PMC, é um limite de preço para a maioria dos medicamentos.
Isso quer dizer que as farmácias e drogarias não podem cobrar mais do que o PMC determinado pela CMED (o mesmo órgão que define o reajuste anual).
Para saber qual é esse valor, o consumidor deve consultar o site da ANVISA, que disponibiliza uma lista atualizada dos medicamentos todos os meses. Ao se deparar com qualquer irregularidade, ele pode denunciar o caso à ANVISA.
Medicamentos mais procurados nas farmácias on-line na Semana da Pré-Alta
BRASIL | | | |
Página |
Tipo de medicamento |
Preço mín > preço máx |
Diferença |
Saxenda |
emagrecimento |
R$ 519,00 > R$ 747,86 |
44% |
Viagra |
disfunção erétil |
R$ 65,35 > R$ 93,43 |
42,9% |
Victoza |
diabetes tipo 2 |
R$ 346,00 > R$ 498,88 |
44,1% |
Mirena |
contraceptivo |
R$ 765,09 > R$ 1.100,00 |
43,7% |
Xarelto |
anticoagulante |
R$ 168,89 > R$ 270,40 |
60,1% |
Jardiance* |
diabetes tipo 2 |
R$ 108,99 > R$ 227,07 |
108.3% |
Annita comprimido |
infecções |
R$ 59,00 > R$ 77,63 |
31,57% |
Forxiga |
emagrecimento |
R$ 112,15 > R$ 164,11 |
46,3% |
Angeliq |
reposição hormonal |
R$ 72,63 > R$ 99,48 |
36,9% |
Lakesia |
antimicótico |
R$ 31,41 > R$ 42,83 |
36,3% |
Remeron-Soltab |
antidepressivo |
R$ 85,00 > R$ 86,18 |
1,3% |
* maior diferença percentual de preço
FONTE: Plataforma Consulta Remédios (www.consultaremedios.com.br) Preços levantados nas praças de SP, RJ, MG, BA, ES, PR, SC, RS, GO, MS, MT, CE no período de 24 a 27 de março de 2019
Website:
http://www.consultaremédios.com.br