Serra, ES--(
DINO - 30 nov, 2018) -
O ano está acabando e o momento é de planejar as finanças para 2019. Para quem está pensando em diversificar seus investimentos, as moedas digitais são uma boa opção. O bitcoin, a criptomoeda mais conhecida, acaba de completar 10 anos. E desde 2008, muita coisa mudou. A moeda que encerrou 2017 com uma alta de 1.367%, chegando um bitcoin a custar US$ 14.575, fechou o último dia 25 de novembro no valor de US$ 3500.
Não foi só a criptomoeda mais conhecida que desvalorizou. Quase todas as moedas digitais experimentaram recentemente suas menores cotações anuais. Mas e aí, será que ainda vale a pena investir?
O trader especializado em investimentos de alta volatilidade Wesley Binz, CEO da empresa TraderGroup investimentos, explica que, mesmo com a oscilação do mercado de moeda digital, o investimento ainda é seguro. “Quando se faz uma análise mais aprofundada da variação do preço do bitcoin ao longo dos seus dez anos, percebe-se que existe um padrão claro no seu valor, caracterizado por subidas fortes, seguidas de uma descida. Essas oscilações são iguais às que acontecem em todos os mercados quando o preço do ativo sobe muito em um curto prazo”, afirma.
De acordo com o Wesley, essa volatilidade das criptomoedas é positiva, e o investidor que contrata um bom trader vai perceber que isso permite negociações com mais potencial de retorno, uma vez que quanto maior a volatilidade, maior o potencial, sendo possível realizar operações tanto na alta, quanto na baixa do ativo.
O trader frisa que o uso das criptomoedas está cada vez mais em alta, e que é uma realidade no mundo, acrescentando que todo o processo que acontece com as moedas digitais aconteceu também com outras tecnologias. “Se voltarmos aos anos noventa, quando a Internet foi lançada, quem investia no e-commerce investia na suposição de que, no futuro, o comércio poderia ser feito a distância, e assim vislumbravam-se algumas possibilidades que até aquele momento era difícil de acreditar que seria real”, lembra.
Binz completa que quando a tecnologia estava começando, também passou por uma grande fase de bolha econômica, chegando a ser desacreditada por muitos. “O resultado é que hoje é impensável para as pessoas imaginar a vida sem a rede e a gama de oportunidades que há 20 anos eram insonháveis. Quando analisamos, percebemos o mesmo processo com as moedas digitais”, afirma.
Alguns países como a Venezuela, Tunísia e Senegal já adotaram sua própria criptomoeda. A ONG inglesa Save The Children, desde 2014, aceita doações em criptomoedas. De acordo com o mapa interativo
coinmap.org, que mapeia os estabelecimentos que trabalham com moedas digitais, no mundo mais de 11 mil já aceitam essa forma de pagamento, sendo que no Brasil são mais de 150 estabelecimentos.
“Em alguns estados brasileiros, empreiteiras já aceitam bitcoin como forma de pagamento no momento da compra de imóveis, como a paulista Tecnisa, que coloca essa informação em seu site, ou a mineira Katz, que há quase um ano passou a aceitar a criptomoeda como pagamento em todo seu portfólio. Ninguém arrisca o valor das criptomoedas no futuro, mas o fato é que elas vieram para ficar”, ressalta o trader.
Binz dá algumas dicas para quem quer investir em moedas digitais. "O primeiro passo é sempre informação. Estudar a origem e quem está por trás da moeda digital escolhida, qual o tamanho e envolvimento da rede de usuários, e qual a oferta e a demanda dela no mercado, é o principal. Essas informações vão dar o direcionamento necessário para quem quer começar a investir. Outra dica importante é contar com assessorias especializadas na área que ajudam nessas questões e fazem, inclusive, as operações de trades. Assim, o investidor conta com todo suporte necessário e pode ter mais segurança em investir neste mercado de alta volatilidade", finaliza Wesley.