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DINO - 30 out, 2018) - Cada vez mais, as famílias brasileiras investem em cursos extracurriculares para ampliar as habilidades das crianças e adolescentes. No aprendizado de música, teatro ou instrumentos musicais, por exemplo, é fundamental que o jovem escolha a atividade que mais combina com ele."Para manter o interesse do aluno é fundamental que ele aponte as práticas que mais lhe agradam. Embora os pais queiram ver seus filhos aproveitando melhor o tempo ocioso, a opinião do estudante é fundamental no processo de definir quais são as aulas mais adequadas ao seu perfil. Isso permitirá que o interesse não se acabe ao longo dos anos de curso", explica André Dias, coordenador da Escola de Música e Artes Dom Bosco, no Colégio Salesiano Santa Teresinha, na capital paulista.Ainda de acordo com o coordenador, é preciso tomar cuidado para que o aluno tenha a alegria e o prazer com as novas tarefas em sua agenda, fatores tão importantes para o desenvolvimento emocional saudável. "Está mais do que comprovado que cursos extras podem tornar as crianças e adolescentes mais ativos e independentes, aumentando a sua capacidade de aprendizagem. Temos exemplos no colégio de alunos que melhoraram muito em sala de aula a partir das atividades culturais", afirma. Uma das vantagens das aulas extracurriculares envolvendo os colégios é a possibilidade do estudante permanecer no local após as aulas da grade curricular. "Eu tenho aulas de violão e teatro duas vezes por semana. Geralmente, depois do horário regular, almoço no colégio e vou aprender a tocar violão e fazer as aulas de teatro. Se eu precisasse voltar para casa e retornar para a escola, acho que desistiria do curso, pois ficaria cansativo", conta Gabriel Licnerski de Andrade, aluno do Fundamental II. Desde 2016, teatro, artes visuais e dança foram incorporados ao currículo do ensino básico brasileiro. Até então, apenas a música era componente obrigatório, mas não exclusivo do ensino de arte na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. De acordo com o projeto de Lei nº 13.278/2016, escolas públicas e privadas têm até 2021 para se adequarem aos novos padrões.