São Paulo, SP--(
DINO - 27 set, 2018) -
A Indústria Naval brasileira volta a dar sinais de crescimento no mercado. O Fundo da Marinha Mercante (FMM), administrado pelo Governo Brasileiro através do Ministério de Transportes, Portos e Aviação Civil, financiou cerca de R$ 9,4 bilhões de reais na construção de embarcações através de Medida Provisória assinada pelo governo.
No total, isso representou a construção de 27 embarcações de cabotagem e mais seis barcos do tipo, ampliando a frota brasileira, que foi responsável pelo transporte de cerca de 157 milhões de toneladas em carga, apenas em 2017. Com os investimentos, o FMM dá novo fôlego à indústria naval, pois os números do setor começam a reagir.
A quantidade de mercadorias transportadas em 2018 foi cerca de 2% menor do que o mesmo período do ano anterior, segundo dados do Ministério. Entretanto, esse decréscimo foi causado pela movimentação de greve dos caminhoneiros, responsáveis pelo transporte da carga até os portos. Na prática, a capacidade nominal de transporte de cabotagem (usando embarcações) só aumenta com os novos navios colocados à disposição.
Outro dado que anima o setor da Indústria Naval é a recuperação financeira da Petrobrás, em pleno curso. Com isso, a empresa transporta mais produtos, adquire novas embarcações e encomenda a construção de novas refinarias. O primeiro semestre de 2018, em comparação com o mesmo período do ano anterior, viu um lucro recorde da petrolífera brasileira: 6,96 bi, equivalente a 56% de aumento no período. É nova motivação para movimentar e investir na indústria offshore.
O peso do transporte por embarcações
O Brasil é um país em que as cargas são transportadas majoritariamente por caminhões, entretanto, a matriz logística brasileira é interligada. O transporte de cabotagem – movimentação de cargas entre portos de um mesmo país – é responsável por cerca de 10% de toda a rede de transporte, e apresenta uma série de vantagens em relação aos modais rodoviário, aeroviário e até mesmo ferroviário.
Essas vantagens estão relacionadas à maior capacidade de carga atrelada a uma maior eficiência, ou seja, mais produtos podem ser transportados a um custo mais baixo, sendo a opção mais viável para uma série de mercadorias, como commodities, por exemplo, que sempre precisam ser movidas em grandes quantidades. Como a costa do Brasil é extensa e facilmente navegável, os custos de operação do transporte de cabotagem são reduzidos, ampliando ainda mais os benefícios deste modal de transporte.
Cerca de 75% das cargas transportadas por embarcações da indústria naval são líquidas ou gasosas. 13,6% são compostas por produtos sólidos ou a granel. 7,6% das cargas transportadas por cabotagem são contêineres e os outros 3,5% são cargas em geral. O estado com a maior participação no embarque de cargas é o Espírito Santo, seguido de Pará, São Paulo, Bahia e Maranhão. Em relação ao destino das cargas, os líderes são: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e Maranhão.
Segundo a Organização Mundial do Comércio, o Brasil teve aumento em exportações acima da média mundial ao longo de 2017: 4,7% de expansão no setor, representando o 6º maior em exportações em todo o planeta. Com o aumento das exportações e a ligeira recuperação da economia brasileira, também em curso, a tendência é que mais cargas sejam movimentadas, tanto no mercado doméstico (com origem e destino no Brasil), bem como no comércio exterior, levando a produção brasileira para o mundo.
Por todas essas razões, a Indústria Naval é uma aposta ainda para este ano de 2018. O setor offshore cresce com incentivos estatais e o desenvolvimento da iniciativa privada, que investe na produção de embarcações.
A
Tornado, empresa pioneira em tecnologias
Airless e outros produtos para indústria, é uma das que pega carona neste crescimento do mercado e adequou a sua linha de produtos com máquinas especiais para tintas altos sólidos, equipamentos de pintura interna de tubulação, produtos especialmente desenvolvidos para a indústria naval, entre outros.
Website:
https://tornado.com.br