Bonito --(
DINO - 16 jul, 2019) -
O Brasil tem dimensões continentais e paisagens que são um mundo à parte. Rico em destinos, é cada vez mais procurado por viajantes ansiosos por desbravar sua fauna e flora. E esse contato pode ser feito causando o mínimo impacto no ambiente e ecossistemas através do ecoturismo, uma vez que o país possui enorme
potencial para o turismo consciente e de aventura.
Números provam que a natureza é nosso principal atrativo
Os parques nacionais receberam
12,4 milhões de visitas em 2018, aumento de 6,15% em relação ao ano anterior. No mesmo ano, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o ecoturismo tinha previsão de crescimento de 20%. Um estudo do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) apontou crescimento do Turismo no PIB nacional
cresceu 3,1% em 2018, colocando o setor como responsável por 8% da economia nacional, gerando 6,9 milhões de postos de trabalho. Além disso, os gastos de turistas internacionais cresceram
3% no acumulado. Dados do governo apontam mais de
10 mil empresas dedicadas ao setor, gerando um faturamento de US$ 70 milhões.
Biodiversidade e riqueza em todas as regiões
O turista que escolhe vir ao Brasil é surpreendido em cada um dos seis biomas. Segundo o
Ministério do Ambiente (MMA), o país é detentor da maior diversidade biológica do mundo. Mesmo com o
Sistema de Informação Sobre a Biodiversidade Brasileira(SiBBr), criado em 2014, não existe um programa integrado capaz de abranger toda a diversidade de seu território, algo que gera preocupação, visto que estamos na liderança em espécies com risco de extinção.
Fauna ameaçada
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (
ICMBio), já catalogou
1.182 espécies de animais ameaçados. Na pesquisa de 2018, das
12.254 espécies avaliadas, 1.173 são de animais sob risco de extinção. Isto é, 9,7% estão em vulnerabilidade, perigo e risco extremamente alto de extinção. A maioria desses animais são encontrados na Mata Atlântica e na Caatinga, sendo alguns endêmicos apenas nesses biomas.
Entre as várias espécies em risco, há animais de todos os reinos: mamíferos como a Onça-pintada, Gato-macarajá e o
Cervo-do-pantanal, bem como as aves, Arara-azul-de-lear e o Mutum-de-bico-vermelho, além dos anfíbios, como a Perereca-de-alcatrazes e o Sapinho-da-barriga-vermelha.
De quem é a responsabilidade?
Desmatamento, poluição, construção de hidrelétricas, agricultura em vegetações nativas, caça predatória e o tráfico de animais são as principais causas da extinção de espécies no Brasil. Nesse cenário, o turismo responsável aparece como uma via de mão dupla. Os interessados, como a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (
ABETA), estão promovendo consciência ambiental, porém, a prática depende de uma contrapartida. Gestão pública, responsabilidade dos proprietários dos atrativos, fiscalização e apoio da comunidade são fundamentais para manter a natureza intocada, bem como preservar as áreas abertas à visitação e prática de atividades de aventura.
O ecoturismo promove a preservação e a economia
O turismo em parques federais é, além de ecológico, muito lucrativo. Exemplo disso são os parques de Fernando de Noronha, Iguaçu, da Tijuca e o Parque Nacional da Bocaina. As Unidades de Conservação Federais (UCF), Unidades de Conservação (UCs) públicas, privadas e público-privadas, têm grande capacidade de arrecadação e podem ser uma ferramenta para
barrar o desmatamento.
Para reverter esse quadro, as políticas existentes precisam ser mais eficientes, tanto na conservação e monitoramento dos ecossistemas, quanto na fiscalização das atividades dos fazendeiros. Para essa seja uma pauta que vai além das discussões entre gestores, e faça parte do dia a dia das pessoas, a educação é a chave.
O turismo sustentável desperta a consciência ecológica
Ao promover atividades como contemplação da fauna e flora, trilhas e caminhada, visitação a cavernas e observação de formações geológicas, bem como expedições e safáris fotográficos, desperta nos visitantes a consciência ambiental através da experiência. O segmento prova que podemos ser
responsáveis e sustentáveis, e ainda termos uma relação mais saudável a natureza que nos rodeia. Ao promover a
prática de aventura e de contato com a natureza com os esportes radicais, diverte e conscientiza dentro das várias modalidades de passeios e atrativos, como arvorismo, montanhismo, rapel, escalada, boia cross, mergulho, trilhas e outras dezenas de atividades.
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