Parto prematuro: saiba as possíveis causas

(DINO - 22 jan, 2018) - No Brasil, cerca de 340 mil bebês nascem antes da hora todo o ano, ou seja, mais de 12% dos nascimentos do país ocorrem prematuramente antes de completar 37 semanas de gestação, segundo o Ministério da Saúde. A neonatologista Daniela Peyneau, coordenadora da UTI Neonatal do CHN (Complexo Hospitalar de Niterói), explica as principais causas e alguns cuidados que podem evitar o parto precoce em alguns casos."O cuidado mais importante para evitar a prematuridade é ter um bom acompanhamento médico. Na fase inicial da gestação é possível identificar problemas que podem levar ao parto prematuro que, se forem tratados ou controlados, podem não representar risco grave", afirma Daniela Peyneau.Confira as principais causas da prematuridadeO bom acompanhamento pré-natal é capaz de reduzir a mortalidade infantil e manter a saúde da futura mãe. O ideal é que haja, pelo menos, uma consulta mensal como obstetra para identificar possíveis problemas durante a gravidez ou com o desenvolvimento do feto. E, em caso de parto prematuro, existe maior possibilidade da permanência do recém-nascido em UTI neonatal, por isso, é fundamental procurar um hospital especializado com equipe capacitada.Malformação fetalAlguns casos de malformação podem adiantar o parto. Assim sendo, o pré-natal é importante para monitorar o desenvolvido bebê e decidir o momento mais seguro para o parto.Patologias maternasMulheres com diagnóstico de doenças uterinas, como mioma, câncer de colo de útero ou colo de útero curto, por exemplo, estão suscetíveis a ter parto prematuro. A infecção urinária, se não tratada durante a gravidez, é outro exemplo de patologia que pode antecipar o nascimento, assim como algumas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).Idade das mãesMulheres que engravidam após os 35 anos ou aquelas que são mães na adolescência correm mais risco de acelerar o trabalho de parto.Gestação de múltiplosHoje os casos de gestação de múltiplos são mais comuns com o avanço dos tratamentos de fertilização. Então, a interrupção da gravidez antes da 37a semana pode ser uma indicação médica para garantir a segurança e a saúde da mãe e dos bebês.Hipertensão e diabetes gestacionalDurante a gravidez, algumas mulheres apresentam aumento da pressão arterial, principalmente após a 20a semana de gestação. Durante o pré-natal, é importante monitorar cuidadosamente a pressão para evitar complicações como eclampsia, caracterizada por convulsões que podem ocorrer antes ou durante o parto.A diabetes gestacional, causada, principalmente, pelo ganho de peso expressivo materno, também deve ser acompanhada. Para preveni-la é preciso manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos com orientação médica.