São Paulo, SP--(
DINO - 04 jun, 2020) -
Redes sociais, sites, aplicativos e guias digitais servem como vitrine para divulgação de produtos e serviço. Com a pandemia causada pelo o novo coronavírus, muitos empresários tiveram que fechar as portas de suas lojas físicas e encontraram nas redes sociais, sites e aplicativos uma forma de continuar oferecendo seus produtos e serviços.
É o que mostra pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Segundo o estudo, dos 10.384 entrevistados, 32% disseram que mantêm o funcionamento de suas empresas com ajuda de ferramentas digitais.
A pesquisa também mostra que para 29%, a alternativa foi passar a realizar vendas online por meio das redes sociais e 8% por meio de aplicativos de entrega. O estudo foi realizado entre 30 de abril e 5 de maio.
Um exemplo desta nova realidade vivida pelas pequenas empresas é a pastelaria Carvalho, no centro de Caldas Novas (GO), que, devido à falta dos turistas, teve que se reinventar e passou a oferecer o serviço delivery utilizando redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp.
Bruno Barcelo trabalha com o sogro na pastelaria. Ele destaca que já utilizava as redes sociais para divulgação dos pastéis, mas viu os pedidos online crescerem de maneira considerável após a chegada da pandemia. “O movimento de pessoas que vão até a loja para comprar o pastel caiu 85%. Enquanto isso, o delivery ganhou força. O meu sogro fica na loja, vende os pastéis para as pessoas consumirem em casa. Já eu e minha esposa fazemos as vendas pelas redes sociais e entregamos na casa do cliente. Essa foi uma maneira que encontramos de continuar oferecendo nosso produto”, explicou Bruno.
Quem também se rendeu às plataformas digitais foi a associação de bordadeiras de Penedo (AL), Pontos e Contos, que já estava nas redes sociais, mas buscava poder efetuar toda a venda pela internet, uma vez que a loja física estava fechada. Então, desde o início deste mês, a associação colocou no ar o site pontosecontos.com.br.
“O portal já estava pronto desde 2018, mas só resolvemos colocar no ar quando a pandemia chegou e tivemos que fechar a loja. Após uma consultoria do Sebrae, vimos que a divulgação online era a melhor solução. Vender pelo site é muito bom. Além dos produtos apresentados, o cliente também tem a opção de fazer encomendas”, afirmou a presidente da Pontos e Contos, Francisca Lima Lessa.
Iniciativas gratuitas
Antes mesmo do início da pandemia, a empresa voo.com.br disponibilizou, em seu site, um Guia de Turismo com informações sobre várias empresas do Brasil. “Há um ano colocamos o
Guia Voo no ar. O objetivo é que, de maneira gratuita, o empresário possa divulgar seu restaurante, loja, hotel, bar, boate, entre outros. Para se cadastrar no guia, basta clicar em “Crie Conta”, inserir e-mail e senha”, explicou a cofundadora da Voo, Bárbara Resende.
Na plataforma, é possível colocar a foto, o nome, o endereço e o telefone do estabelecimento. O Guia de Turismo tem quase 10 mil empresas cadastradas.
O Facebook também conta com alternativas para os empreendedores. É o caso do recurso Lojas, anunciado pela rede social no dia 19 deste mês. Trata-se de uma ferramenta gratuita que reúne vendedores e compradores em lojas virtuais. O objetivo é ajudar pequenos negócios que estão sofrendo com a redução das vendas devido à Covid-19.
Diferente dos anúncios ou do Marketplace, o Lojas permite a criação de uma área em destaque na página da empresa. Além disso, é possível ajustar a aparência e colocar os produtos em um catálogo.
Outra forma de ajudar os pequenos negócios veio por meio do lançamento de um adesivo interativo para o stories do Instagram. Ao adicionar o adesivo a uma foto ou vídeo publicado no stories, é possível acessar as três últimas publicações do perfil marcado e também visitar o perfil da empresa.