Campinas/SP.--(
DINO - 29 nov, 2016) - Brasileiros costumam se orgulhar se seu país, de suas praias ensolaradas, florestas exuberantes, clima tropical, povo tão receptivo e alegre e de sua musicalidade de dar inveja.
Mas em uma época em que até o futebol anda abalado e (mesmo com a operação Laja Jato a toda força) a crises institucionais e econômica não dando trégua, o "oba-oba" e o país "abençoado por Deus" começam a não ser suficientes para manter essa ilusão de pátria acolhedora e festiva e, muito menos, de manter os brasileiros por aqui.
Estatísticas da Receita Federal apontam que de 2011 até o ano passado,
aumentou em 67% o número de pessoas que declararam sua saída definitiva do país. "Muitos brasileiros que fazem sua primeira viagem para o exterior, principalmente quando vão à Europa ou aos Estados Unidos, e veem tudo ''organizadinho'', limpo, mesmo coisas simples, como semáforos que funcionam, ou mais complexas, como o fato de que
as cidades não param nem com nevascas incríveis - enquanto aqui uma chuvinha é suficiente para acabar com o dia de quem mora em São Paulo, por exemplo - tem deixado muitos de nossos compatriotas tentados a mudar de vida, de país, mesmo, se aventurar lá fora" ? Conta Bruno Passarelli, fundador de uma das maiores agência de intercâmbio do Brasil,
a Descubra o Mundo , e que vê cada vez mais brasileiros procurando vistos de estudo para passar um bom período no exterior.
ESTUDAR NO EXTERIOR É A PORTA DE ENTRADA PARA UMA LONGA ESTADIA
A maioria dos países, mesmo aqueles que nem pedem visto de turista para brasileiros, não permitem uma estadia maior que 3 meses.
"É aí que entram em cena os
cursos de intercâmbio no exterior , ou mesmo pós-graduações, como MBAs." ? explica Passarelli ? "Nesses casos, a burocracia pode ser grande, mas as agências ajudam muito, e é possível ficar legalmente no país, morar lá com dependentes, cônjuge e filhos, pelo tempo de duração do curso. Não é raro
famílias ficarem um ano , às vezes até 2, principalmente se depois do intercâmbio tentarem uma MBA ou curso profissionalizante, os chamados
''professional certificates".
A Vantagem não é só desfrutar de uma condição de legalidade, uma estadia tranquila e sem transtornos, mas, dependendo do país, quem tem este tipo de visto de estudante pode matricular o filho em escolas públicas, por exemplo.
Os destinos mais procurados para estes casos são
Canadá ,
Austrália e
Estados Unidos. Mas existe uma outra opção, que tem seduzidos muitos outros brasileiros: intercâmbio de estudo e trabalho, em que é até permitido trabalhar legalmente no país!
3 PAÍSES QUE PERMITEM ESTUDAR E TRABALHAR LEGALMENTE
Irlanda ,
Nova Zelândia e
Austrália têm uma legislação consolidada e uma tradição em receber estudantes para cursos de
intercâmbio de estudo e trabalho em seus países. É claro que é preciso uma série de providências, mas a maioria dos brasileiros que participa, retorna (ou fica por lá...) satisfeitos, como conta
Tuyla Maia, que resolveu prolongar seu intercâmbio na Irlanda : "O principal motivo para ficar mais um ano em Dublin foi já estar fora do país e aproveitar essa oportunidade. Aqui conhecemos gente do mundo todo, que vem para estudar inglês. Desde que eu cheguei na Irlanda, trabalho como "cleaner", limpando escritórios. Não tive vontade de procurar outro emprego porque meus horários são flexíveis e não trabalho aos finais de semana.".
Segundo Passarelli, este é o primeiro passo rumo a uma estadia mais longa, pedindo renovação do visto de estudante ou mesmo conseguindo ser contratado por uma empresa local, em um cargo mais interessante, o que pode dar direito a ficar definitivamente no país, em muitos casos.
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