Zion Gabriel Cavalcante tem 10 anos e é um dos estudantes da rede pública de Florianópolis que fazem parte dos projetos sociais oferecidos pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer. Os projetos comunitários estão espalhados em, aproximadamente, 30 bairros da capital e atendem cerca de oito mil crianças e adolescentes, no contraturno escolar.
O pequeno Zion é um dos alunos do Projeto IBBC, que oferece basquetebol gratuito. Ele sempre teve o sonho de se tornar atleta dessa modalidade e deixa claro o quanto o projeto gratuito faz diferença na vida dele. “O esporte significa muito pra mim. Depois que eu entrei no esporte eu fiquei muito forte e comecei a me inspirar em grandes atletas. Eu gosto tanto de basquete que se eu não estivesse no projeto eu estaria em casa assistindo jogos pela televisão. Mas eu prefiro estar treinando na quadra, com certeza”.
E não é só o basquete que é oferecido para crianças e adolescentes. São cerca de 20 modalidades dos mais diversos esportes cadastrados: Voleibol, Futebol, Futsal, Ginástica Rítmica, Ginástica Artística, Xadrez, Remo, Artes Marciais, Handebol, Tênis de Mesa, Tênis, Natação, Beach Tennis, Futevôlei, Surfe e Capoeira.
O conceito dos projetos comunitários é promover a saúde, o protagonismo de crianças e adolescentes e atuar a favor da justiça social. Uma das premissas é incentivar a saúde, a brincadeira e a prática do esporte. As crianças e adolescentes absorvem princípios de autonomia e cidadania sendo capazes de mudar a própria realidade e contribuir para a melhoria da comunidade onde vivem.
Cada projeto tem uma data e horário de funcionamento. Agora no período de pandemia, as atividades acontecem com menos frequência e com a capacidade mínima de alunos respeitando todos os protocolos de segurança.
Para o Secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Ed Pereira, a transformação da sociedade se dará por meio do esporte. “Os Projetos Sociais Esportivos surgiram com o objetivo de integração através da prática do esporte para incentivar e estimular a criançada a ter hábitos mais saudáveis e, de quebra, descobrir um possível talento esportivo. O avanço social que conseguimos com esses projetos sociais em prol das crianças é, sem dúvida, o melhor caminho para um futuro digno”, afirma Ed Pereira.
Carlos Eduardo Martins, de 15 anos, é um exemplo de jovem que começou em projetos sociais e seguiu na vida esportiva. Há dois anos e sem a pretensão de ser um atleta de competição, Carlos começou a praticar atletismo apenas com a vontade de se exercitar e pela adoração pela corrida. Hoje ele acumula um resultado expressivo na prova de 400m, conquistando a 12ª melhor marca do Brasil. Para a Professora de Atletismo, Ana Cláudia Rodrigues, Carlos é uma grande aposta. “O projeto serve também para descobrir novos talentos. Eu sou um exemplo, pois comecei minha trajetória em projeto social e segui carreira no Atletismo. E o Carlos Eduardo vem nessa crescente do esporte e dos jovens que hoje estão mais ávidos pelos esportes de rua”, ressalta Ana.