São Paulo - SP--(
DINO - 13 ago, 2018) - Diante de um cenário economicamente desafiador que ocorreu recentemente no País, muitos brasileiros, que já não tinham hábito de guardar dinheiro, se viram com dificuldades de terminar o mês com as contas no azul.
Segundo o Indicador de Reserva Financeira, de responsabilidade do Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), apenas 16% dos brasileiros conseguiram poupar parte de seus rendimentos no último mês de maio.
Entre aqueles que conseguiram economizar alguma quantia, a notícia também não é muito animadora. Isso porque a escolha por investimentos mais rentáveis ainda é feita por somente uma pequena parte da população.
De acordo com pesquisa realizada pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, 25% dos poupadores guarda dinheiro dentro de casa. Ou seja, um quarto das pessoas que estão construindo uma reserva financeira acredita que guardar o dinheiro em casa é a melhor saída.
No entanto, esta é uma opção bastante arriscada, pois há chances do dinheiro ser roubado ou até mesmo perdido. Além disso, há um agravante: a falta de rentabilidade, já que guardado em um cofrinho, ou até mesmo debaixo de um colchão, o dinheiro não rende juros e pode, inclusive, perder poder de compra por causa da inflação.
Mesmo entre quem compreende que guardar dinheiro em casa não é uma boa ideia, a escolha de onde deixar o valor economizado é feita com pouco conhecimento. Como é de se esperar, a poupança continua sendo a preferida entre os brasileiros.
Apesar de o
rendimento da poupança hoje ser baixo, muitas pessoas ainda preferem utilizá-la devido à sua praticidade e acessibilidade. Cerca de 81% já ouviram falar sobre a poupança e 60% dos entrevistados afirmaram que guardam suas economias na caderneta.
Os números comprovam que a cultura de utilizar a poupança ainda é muito forte no Brasil, mesmo depois do surgimento de bancos digitais, da popularização das corretoras de valores e o início da negociação de títulos do Tesouro Direto por pessoas físicas e pela internet.
Depois da poupança, o segundo serviço financeiro preferido dos brasileiros é a própria conta corrente, usada por 18% dos participantes que conseguem guardar dinheiro no fim do mês. Em seguida, vêm: aplicações a Previdência Privada (7%), Fundos de Investimentos (5%), Certificados de Depósito Bancário (4%) e títulos do Tesouro Direto (4%).
Entre as aplicações mais conhecidas pelos entrevistados, além da poupança, foram citados: títulos de capitalização (48%), planos de previdência privada (45%), investimento em ações (39%), fundos de investimento (33%) e Tesouro Direto (24%).
Quando o assunto é o motivo para guardar dinheiro, mais da metade dos participantes (52%) afirmou que mantém o hábito para se proteger de imprevistos, como problemas de saúde ou desastres naturais.
As outras justificativas mais citadas foram construir um futuro melhor para a família (30%), evitar a queda de renda com a perda do emprego (28%). Também foram mencionadas a vontade de realizar uma viagem (17%), adquirir a casa própria (16%) e assegurar uma aposentadoria tranquila financeiramente (14%).
Com essas motivações em vista, é possível dizer que há entre a população do País uma preocupação com o futuro e com as incertezas que ele reserva. No entanto, a dificuldade de acesso a informações sobre oportunidades mais interessantes, somada à resistência em conhecer novas possibilidades, colabora para que a maioria dos brasileiros ainda permaneça na poupança, recebendo rendimentos baixos.
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