Cigarro: por que é tão importante deixar o vício de lado?

(DINO - 31 mai, 2017) - Considerado um dos tipos mais letais, o câncer de pulmão é diagnosticado, todos os anos, em cerca de 28 mil pessoas, sendo 17,3 mil novos casos em homens e 11 mil casos em mulheres. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo do cigarro e derivados do tabaco.Além do câncer de pulmão o hábito de fumar pode trazer ainda outras complicações como asma, bronquite, enfisema pulmonar, infarto, derrame cerebral e outros tumores: boca, faringe, laringe, esôfago, pâncreas, fígado, intestino, colo de útero e bexiga.Apesar da agressividade, a médica oncologista e coordenadora de Oncologia Clínica do Hospital Leforte Liberdade, Fauzia Naime, o câncer de pulmão não é mais considerado uma sentença de morte. "Apesar de ser uma doença agressiva e muito frequente, o câncer de pulmão é perfeitamente evitável na grande maioria dos casos. Isso porque em cerca de 90% dos casos os tumores malignos do pulmão estão relacionados ao tabagismo, de onde se conclui que se as pessoas não consumissem tabaco, o câncer de pulmão seria raro", explica. A médica ressalta que o vício é uma doença neurocomportamental e que o fumante inala aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas. Os fumantes passivos correm os mesmos riscos que o dependente de tabaco. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, ficando atrás do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool."A nicotina é o que causa dependência. Quando a pessoa inala a fumaça, ela vai para os pulmões, é absorvida e segue para a corrente sanguínea até o cérebro, onde são liberadas substâncias, como dopamina, serotonina e adrenalina, que causam a sensação de relaxamento e prazer. Por isso, é chamada de doença neurocomportamental", afirma a médica.A oncologista destaca que após duas horas na interrupção do fumo é notável a melhora na pressão sanguínea e frequência cardíaca. O nível de nicotina no sangue cai e a oxigenação melhora. Esses benefícios vão sendo notados à medida que a pessoa para de fumar. "Gostaria de deixar de mensagem final é que por ser o tabagismo extremamente tóxico, para se evitar doenças graves e letais é preciso evitar direta ou indiretamente", finaliza. Para parar de fumar, pessoas com acesso a planos de saúde podem procurar um pneumologista e grupos de apoio para a interrupção do tabagismo. Pessoas sem plano de saúde podem ligar para o número 156 do Ministério da Saúde e receber orientação de profissionais qualificadas sobre o tema, além do encaminhamento para unidades básicas com atendimento gratuito.Esclarecimentos sobre a doença estão disponíveis ainda no Facebook do Hospital Leforte (www.facebook.com/HospitalLeforte). A médica Fauzia Naime tira as principais dúvidas dos pacientes em um vídeo. Sobre o Hospital Leforte: Resultado da união dos hospitais Leforte e Bandeirantes sob uma mesma marca, o Leforte alia mais de 70 anos de experiência e reconhecimento pelos atendimentos de alta complexidade nas áreas de cardiologia, neurologia, oncologia, traumatologia e pediatria. Com duas unidades na capital paulista, localizadas nos bairros do Morumbi e Liberdade, a rede realiza mais de 235 mil atendimentos de urgência e emergência, além de 17 mil cirurgias, por ano, com a garantia da certificação mais elevada ? Diamante ? concedida pela metodologia de acreditação internacional canadense QMentum.