São Paulo--(
DINO - 22 jul, 2019) - De acordo com dados da ONU, um em cada 68 indivíduos apresenta algum transtorno do chamado "espectro autista" (TEA). O autismo é uma condição neurológica que compromete todo o comportamento social do indivíduo, bem como a sua forma de comunicação, que em muitos casos não é verbal. A incidência cresce gradativamente e afeta milhões de pessoas no mundo inteiro.Em recente comemoração ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, defendeu a importância do uso de tecnologias assistivas para promover a inclusão e independência dos autistas.Um outro avanço importante se dá no que se refere a implementação de medidas para tornar o cotidiano do autista mais prático. De acordo com o médico especialista em autismo, Dr Abram Topczewski, o transtorno do espectro autista é um distúrbio neurobiológico, geneticamente determinado, mais frequente no gênero masculino e com elevada incidência na população. As características clínicas são complexas e interferem de modo marcante no desenvolvimento do indivíduo. Compromete bastante principalmente a comunicação, a interação social e o padrão comportamental. Essas alterações podem ser evidenciadas desde o primeiro ano de vida e se estendem pela adolescência e na idade adulta. As crianças autistas apresentam defasagem na comunicação em consequência do atraso ou ausência do desenvolvimento da fala. A comunicação não verbal, caracterizada pela expressão facial, pelo olhar ou pelos gestos, também é bastante comprometida.Os portadores do "TEA" apresentam dificuldades para as atividades em grupo, e frequentemente preferem ficar isolados, não demonstram interesse em compartilhar atividades e pouco se interessam pelo mundo ao seu redor. Apresentam movimentos repetitivos, sem propósitos e sem significados, as chamadas "estereotipias". São bastante resistentes a mudanças rotineiras e muito apegados a rituais. Essas características repercutem significativamente na vida familiar, social, escolar, laboral e comunitária.Projeto Residencial Assistido para Portadores de TEACom base em décadas de experiência no atendimento de portadores do transtorno do aspecto autista (TEA) bem como o contato frequente com seus familiares, o Dr Abram Topczewski, identificou uma crescente preocupação dos familiares com o futuro dos portadores do TEA na adolescência e adultidade. Portanto aventou-se a possibilidade de se criar um núcleo de moradia assistida para que tenham uma vida mais independente e que possam envelhecer com tranquilidade e segurança.O Dr Abram alerta para a necessidade Brasil, a exemplo do que acontece em outras partes do mundo, a criação de um núcleo residencial para atender essa demanda. Então em parceria com a arquiteta Deise Marques Araújo resolveu criar um projeto arquitetônico que atende todas as necessidades da vida de um adulto autista.O objetivo da criação de uma unidade comunitária nesses moldes é oferecer dignidade no atendimento e tratamento adequado às suas condições, de modo individual ou coletivo, de acordo com necessidades e limitações.A proposta parte da formação de um residencial onde os portadores do TEA serão assistidos por terapeutas (fonoaudiólogos, psicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, professores, terapeutas ocupacionais), médicos, enfermeiras, assistentes sociais, cuidadores.O projeto também pretende criar condições de trabalho desenvolvido sob orientação de profissionais especializados. Horta, criação de pequenos animais, panificadora são algumas das atividades sugeridas. Inclui também ações culturais, como música e artes plásticas, atividades físicas, como natação, por exemplo, além de equitação, sempre respeitando necessidades e limitações individuais.O Conceito Arquitetônico:"Em conformidade com as especificações e o programa apresentado pelo Dr Abram Topczewski, a principal premissa do Projeto Arquitetônico é proporcionar a sensação de uma vida de um cidadão comum com rotinas cheias de tarefas, uma relação urbana do espaço", afirma a arquiteta Deise Araújo.1. A edificação que possa remeter o morador a uma Vila, com Alamedas, Praças, Áreas de lazer, Áreas de atendimento e tratamento (estudos) e Produção dentro das suas possibilidades (trabalho).2. No apartamento proporcionar seu lar particular, individualmente ou em dupla, com suas próprias rotinas, com o constante auxilio para a busca de maior autonomia.3. Já as áreas comuns, onde ficam as salas de terapias e vivencia, sempre com total acessibilidade e organizado para um reconhecimento imediato com caminhos condutores e diretivos.4. A atmosfera geral com qualidade ambiental com iluminação e ventilação natural;5. Para as áreas de atividades de apoio as necessidades de atividades físicas, de artes e ou jardinagem, sempre com elementos arquitetônicos que possam proporcionar motivação conforme cada talento, baseado na neuroarquitetura, onde se busca potencializar a esfera ambiental que possa interagir com as emoções e ou reações do morador.Dimensionamento de TerrenoPara uma unidade modelo, que se possa repetir para atender por volta de 20 moradores de 2.500 a 4.500m². Para 70 a 100 moradores com blocos separados de 7.000 a 10.000m²"Composta por quatro estruturas residenciais, com espaço de recepção e espaços comunitários, piscina e estruturas associadas, e área verde com pomar e área para pequenas criações de animais, tudo projetado para ser acessível e adequado para adultos TEA", explica a arquiteta responsável pelo projeto arquitetônico, Deise Marques Araújo.O projeto está em fase de captação de patrocínio e doações, caso tenha interesse em contribuir para a sua implementação, entre em contato!SobreDr Abram TopczewskNeurologista da infância e adolescência do Hospital Albert Einstein Mestrado em Neurologia pela USP, Doutor em Neurociências pela Unicamp, autor do livro Transtorno do Espectro Autista: como lidar.ContatoDr Abram
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