São Paulo, SP.--(
DINO - 28 mar, 2017) - Segurança também é assunto de criança. No entanto, quase não há dados disponíveis sobre o modo como elas percebem a violência. Para suprir essa falta, o Instituto Igarapé e a Visão Mundial realizaram pesquisa com crianças e adolescentes realizada em 12 cidades brasileiras. A escuta foi feita através de uma ferramenta de pesquisa móvel em formato digital, o Índice de Segurança da Criança (ISC), desenvolvido pelo Instituto Igarapé. O estudo é apresentado hoje, 28 de março, na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, em audiência pública. Convocada em articulação com o deputado Renato Roseno, marcam presença o deputado; Karina Lira, assessora programática de Proteção à Criança da Visão Mundial; e Tânia Guergel, da Fundação da Criança e da Família Cidadã. A pesquisa "O que dizem as crianças" revelou que apenas 1% dos entrevistados sentem-se "muito inseguros". A percepção de violência é mais alta entre crianças e jovens com mais idade. No entanto, cerca de 40% referiram não se sentir seguros na comunidade ou escolas onde estudam e 60% relataram sofrer violência física em casa. Ouvir as crianças "Apenas 40% disseram confiar na Polícia. Mas em geral crianças e adolescentes se mostraram otimistas sobre o futuro: 86% estão confiantes que serão felizes, apesar das dificuldades, diz Robert Muggah, diretor de pesquisa do Instituto Igarapé. Para Karina Lira, "é possível reduzir a violência infantojuvenil, mas as estratégias e soluções requerem o envolvimento e compromisso de todas as instituições. Embora ela atinja fortemente o bem-estar e dignidade das crianças, adolescentes e jovens, a violência tem impacto em toda a sociedade. Todos precisam se importar com isso". O ISC foi testado em cidades do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Amazonas, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Leia a pesquisa completa: igarape.org.br/o-que-dizem-as-criancas/