O que aprendi com a gestão de equipes remotas?
(DINO - 28 abr, 2017) - Depois que saí do Brasil para fazer intercâmbio, iniciei, oficialmente, minha vida de nômade digital e com esse novo contexto surgiu o desafio de gestão de times remotos. Finalizado os estudos, percorri 11 países e, assim, passei a trabalhar de vários lugares do mundo, como Coreia do Sul, sempre em um café, um co-working ou uma praça. Hoje, minha equipe é composta por 11 profissionais e juntos desenvolvemos projetos para o mercado digital, com alcance de milhões de pessoas. Tudo isso de forma remota.
Meu time está espalhado pelo mundo. Uma parte está atualmente comigo em Dublin, Irlanda, outra no Brasil, em várias cidades: Recife, São Paulo, Porto Alegre e ainda na Tailândia. Todos eles trabalham de forma remota, um modelo que já é realidade para muitas empresas. Recentemente, o Banco do Brasil, que sempre foi mais tradicional na forma de trabalhar, adotou o formato para um grupo de profissionais, que pode executar as atividades de onde quer que estejam. O resultado foi a redução de custos em torno de 17%.
A evolução do trabalho remoto tem um aliado importante: a tecnologia. E é lançando mão desse recurso que consigo gerenciar meu time há dois anos. Uso algumas ferramentas gratuitas, intuitivas e extremamente fáceis de mexer, para estar próximo do time e manter a colaboração da equipe sempre em dia. São sete as principais:
Slack
A comunicação por e-mail ou por telefone com equipes remotas é válida, mas sozinha, não funciona. Assim, adotei o Slack como ferramenta de comunicação. Ele funciona como um chat, onde é possível criar canais. Trocamos arquivos e tomamos uma série de decisões por meio dele. Tenho variados canais, como Marketing, Desenvolvimento e Suporte ao Cliente.
Trello
Com a equipe remota, meu indicador de produtividade não são as horas trabalhadas. Meu termômetro são as tarefas realizadas dentro do prazo e com qualidade. Nesse sentido, o Trello, ferramenta de gerenciamento de projetos em listas, contribuiu bastante. A ferramenta tem uma série de modelos para gerenciar projetos, à escolha do usuário, como Kanban.
Google Docs
Usamos o Google Docs para eliminar as intermináveis versões de arquivos enviadas por e-mail. Com ele, é possível criar um documento e editá-lo com outras pessoas ao mesmo tempo a partir do computador, smartphone ou tablet. É bastante prático e a busca por arquivos funciona bem.
Google Calendar
Para agendamento de reuniões da equipe utilizo o Google Calendar. Com o time espalhado pelo mundo, um recurso interessante dele é que ele já mostra o time zone correto para cada um, evitando confusões com horários em função do fuso.
Appear.in
Apesar de usar chats e e-mails, muitas vezes aposto na comunicação "cara a cara", no digital, claro. Para esse fim, lanço mão do Appear.in, sistema de videoconferência que não precisa de download, basta acessá-lo pelo navegador.
Zapier
São muitas opções de ferramentas. Tantas que é até fácil de se perder nelas. Por isso, gosto do Zapier para integrá-las. São mais de 500 apps integrados, contribuindo sobremaneira para a produtividade.
1Password
Lembrar a senha de todas essas ferramentas não é nada fácil. Não preciso nem dizer que a eleger uma única senha para todas elas, não é nada recomendável. Então, usamos o 1Password para armazenamento e gerenciamento de senhas.
Hubstaff
Como plus, sugiro o HubStaff, solução paga, para empresas que, por questões legais, precisam administrar a carga horária dos profissionais remotos. Com ele, é possível ver screenshots e níveis de atividade de funcionários, bem como gerar relatórios do trabalho realizado.
Liderança é a chave
Muito além das ferramentas tecnológicas, valorizo pessoas. Nesse contexto, a liderança é chave no gerenciamento de times remotos. Como não estou por perto fisicamente, meu maior desafio, certamente, é motivar o time e entender o humor de cada. Quando se tem o contato presencial, é possível identificar se o colaborador está triste ou animado. Mas no mundo virtual, é preciso tato. É aí que o papel do líder entra.
Um dos meus maiores aprendizados nesses anos gerenciando meu time de forma remota é que não se pode deixar que o digital transforme a relação com os colaboradores em algo frio. Há um tempo, os projetos iam bem e as pessoas executavam seus trabalhos sem problemas. Entrei no automático e me conectei menos com a equipe. Foi desastroso. Os resultados caíram e logo percebi que estar presente é fundamental para garantir motivação e produtividade.
Há muitos receios em torno do trabalho remoto, mas a chave, para empresas mais tradicionais, é começar aos poucos, elegendo algumas áreas para depois ampliar a iniciativa. Mudanças radicais podem ter consequências negativas para a companhia e para o time e podem colocar a perder toda a estratégia.
Website: http://brunofraga.me/
Meu time está espalhado pelo mundo. Uma parte está atualmente comigo em Dublin, Irlanda, outra no Brasil, em várias cidades: Recife, São Paulo, Porto Alegre e ainda na Tailândia. Todos eles trabalham de forma remota, um modelo que já é realidade para muitas empresas. Recentemente, o Banco do Brasil, que sempre foi mais tradicional na forma de trabalhar, adotou o formato para um grupo de profissionais, que pode executar as atividades de onde quer que estejam. O resultado foi a redução de custos em torno de 17%.
A evolução do trabalho remoto tem um aliado importante: a tecnologia. E é lançando mão desse recurso que consigo gerenciar meu time há dois anos. Uso algumas ferramentas gratuitas, intuitivas e extremamente fáceis de mexer, para estar próximo do time e manter a colaboração da equipe sempre em dia. São sete as principais:
Slack
A comunicação por e-mail ou por telefone com equipes remotas é válida, mas sozinha, não funciona. Assim, adotei o Slack como ferramenta de comunicação. Ele funciona como um chat, onde é possível criar canais. Trocamos arquivos e tomamos uma série de decisões por meio dele. Tenho variados canais, como Marketing, Desenvolvimento e Suporte ao Cliente.
Trello
Com a equipe remota, meu indicador de produtividade não são as horas trabalhadas. Meu termômetro são as tarefas realizadas dentro do prazo e com qualidade. Nesse sentido, o Trello, ferramenta de gerenciamento de projetos em listas, contribuiu bastante. A ferramenta tem uma série de modelos para gerenciar projetos, à escolha do usuário, como Kanban.
Google Docs
Usamos o Google Docs para eliminar as intermináveis versões de arquivos enviadas por e-mail. Com ele, é possível criar um documento e editá-lo com outras pessoas ao mesmo tempo a partir do computador, smartphone ou tablet. É bastante prático e a busca por arquivos funciona bem.
Google Calendar
Para agendamento de reuniões da equipe utilizo o Google Calendar. Com o time espalhado pelo mundo, um recurso interessante dele é que ele já mostra o time zone correto para cada um, evitando confusões com horários em função do fuso.
Appear.in
Apesar de usar chats e e-mails, muitas vezes aposto na comunicação "cara a cara", no digital, claro. Para esse fim, lanço mão do Appear.in, sistema de videoconferência que não precisa de download, basta acessá-lo pelo navegador.
Zapier
São muitas opções de ferramentas. Tantas que é até fácil de se perder nelas. Por isso, gosto do Zapier para integrá-las. São mais de 500 apps integrados, contribuindo sobremaneira para a produtividade.
1Password
Lembrar a senha de todas essas ferramentas não é nada fácil. Não preciso nem dizer que a eleger uma única senha para todas elas, não é nada recomendável. Então, usamos o 1Password para armazenamento e gerenciamento de senhas.
Hubstaff
Como plus, sugiro o HubStaff, solução paga, para empresas que, por questões legais, precisam administrar a carga horária dos profissionais remotos. Com ele, é possível ver screenshots e níveis de atividade de funcionários, bem como gerar relatórios do trabalho realizado.
Liderança é a chave
Muito além das ferramentas tecnológicas, valorizo pessoas. Nesse contexto, a liderança é chave no gerenciamento de times remotos. Como não estou por perto fisicamente, meu maior desafio, certamente, é motivar o time e entender o humor de cada. Quando se tem o contato presencial, é possível identificar se o colaborador está triste ou animado. Mas no mundo virtual, é preciso tato. É aí que o papel do líder entra.
Um dos meus maiores aprendizados nesses anos gerenciando meu time de forma remota é que não se pode deixar que o digital transforme a relação com os colaboradores em algo frio. Há um tempo, os projetos iam bem e as pessoas executavam seus trabalhos sem problemas. Entrei no automático e me conectei menos com a equipe. Foi desastroso. Os resultados caíram e logo percebi que estar presente é fundamental para garantir motivação e produtividade.
Há muitos receios em torno do trabalho remoto, mas a chave, para empresas mais tradicionais, é começar aos poucos, elegendo algumas áreas para depois ampliar a iniciativa. Mudanças radicais podem ter consequências negativas para a companhia e para o time e podem colocar a perder toda a estratégia.
Website: http://brunofraga.me/