Limeira, SP--(
DINO - 09 mai, 2017) - A calagem do solo é um dos procedimentos recomendados ao agricultor ao longo da série de tarefas relacionadas com o plantio. O início da calagem, com a aplicação de corretivos como o calcário, se dá, de forma mais planejada, com a análise do solo que receberá o plantio.
Calagem feita, surgem quatro principais benefícios. Um deles é a eliminação do alumínio, elemento químico que compromete os resultados da colheita.
A avaliação é do professor José Carlos Casagrande, do Departamento de recursos Naturais e Proteção Ambiental da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O professor é engenheiro agrônomo formado pela Esalq/USP, com mestrado e doutorado pela USP em Solos e Nutrição de Plantas e especialização pela Universidade de Wageningen da Holanda. Trabalhou na Embrapa (Campo Grande ? MS), IAA-Planalsucar (Araras ? SP) e Universidade Federal de São Carlos ( UFSCar), no campus Araras desde 1991.
O estado de São Paulo apresenta uma sólida rede de laboratórios que executam análise química de solo, diz o professor. A unidade da UFSCar se localiza no município de Araras. A análise apontará quantidades de corretivo e adubo necessárias.
A crise econômica tem feito com que muitos agricultores temporariamente não realizam análises químicas de suas terras.
Há outro cenário, também preocupante. Muitas vezes, a calagem acaba sendo feita em função do que tradicionalmente o produtor utiliza na área. Os ensinamentos passados entre gerações de famílias, cujo negócio é a agricultura, geram essa confiança.
Porém, os solos agrícolas sofrem mudanças químicas continuamente, revela Casagrande. E aí, a orientação técnica se mostra fundamental para uma produção sustentável.
Em entrevista ao site do Sindical, o professor também aborda a importância de não se dissociar a calagem da adubação NPK, outro importante item do processo de plantio.
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