Rio de Janeiro--(
DINO - 02 mai, 2015) - Na última década, os DORTs - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - ganharam mais importância e visibilidade no mundo corporativo brasileiro. Pequenas e grandes empresas incrementaram seus investimentos nas áreas de segurança do trabalho e prevenção de acidentes a fim de prevenir o aumento dos casos negativos. Hoje existem mais de 30 leis que regulamentam a segurança e medicina do trabalho no país, válidas para empresas privadas e órgãos públicos. No entanto, as doenças relativas às condições ergonômicas ainda são uma das cinco maiores causas de processos laborais.
Sérgio Côrtes explica que o termo ergonomia , ainda pouco conhecido, é utilizado por profissionais de saúde do trabalho com o objetivo em criar e implementar ferramentas de adaptação do funcionário à sua atividade laboral, tornando seu dia a dia mais física e psicologicamente seguro.
É mandatório que empresas maiores ou aquelas que ofereçam grande risco ao funcionário tenham áreas especializadas em saúde do trabalho. Os programas administrados por esses profissionais incluem a prevenção, detecção, monitoramento, verificação e controle das doenças. No entanto, até as menores empresas começam a se preocupar com o tema. O ambiente de trabalho em escritórios onde empregados ficam todo o dia sentados e trabalhando no computador são a origem de grandes problemas posturais. Segundo
o médico Sérgio Côrtes , ambas grandes e pequenas empresas se preocupam com o aumento de produtividade de seus funcionários e, por isso, deveriam evitar ao máximo problemas relacionados com a ergonomia.
Apesar do aumento da conscientização de executivos e empresários,
o ortopedista Sérgio Côrtes que a maior parte dos problemas de saúde de funcionários está relacionada à falta de priorização da empresa em estabelecer projetos ergonômicos nos locais de trabalho. "Quando a empresa começa a repensar as atividades laborais e adaptar os recursos utilizados por seus colaboradores, o problema cai drasticamente",
afirmou Sérgio Côrtes .
O ortopedista Sérgio Côrtes orienta as pessoas que trabalham sentadas em contato com o computador todos os dias. "Mantenha-se sentado com as pernas embaixo da mesa e os pés totalmente no chão. Posicione seus braços junto ao corpo e o seu computador em uma altura adequada, utilizando algum apoio na máquina para que a leitura fique na altura de seus olhos. O importante é não curvar a cabeça para cima ou para baixo", aconselha Sérgio Côrtes. Já para aquelas profissões em que seja necessário o trabalho em pé como, por exemplo, atendentes de balcão, a recomendação é utilizar um banco mais alto como suporte, mesmo que o utilize algumas vezes ao dia. A chave é preocupar-se em colocar os pés inteiros no chão e não torcer a coluna.
Ainda de acordo com o ortopedista, mais de 70% das adaptações necessárias a novos projetos ergonômicos são simples e não exigem grandes investimentos das empresas.
Sergio Cortes destaca que o papel dos médicos e demais profissionais da saúde é muito importante na conscientização do empresariado brasileiro e que a diminuição do risco laboral deve ser um importante foco de todas as empresas, seja ela pública ou privada. "Devemos sempre pensar na prevenção de doenças e no aumento da segurança física e psicológica dos empregados",
conclui Sérgio Côrtes .
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