São Paulo SP--(
DINO - 20 jan, 2017) - A rede pública de saúde não tem capacidade para atender os milhares de pacientes com câncer que procuram tratamento. A situação, até novembro de 2016 era de caos.
O
PlanodeSaudenota10.com.br , site especializado na cotação de plano de saúde online, fez uma análise dessa situação.
Faltam aparelhos de radioterapia
De cada 10 pessoas com câncer que procuram a rede pública de saúde, quatro não terão chances de cura porque não há aparelhos de radioterapia suficientes para seu tratamento. Se o local onde o paciente mora não tem esse tipo de recurso, o doente precisa mudar de endereço, buscando uma solução em outra cidade.
Para que todos os doentes de câncer fossem atendidos seria necessário que a rede pública tivesse o dobro da quantidade de aparelhos de radioterapia hoje disponíveis. Em algumas regiões, a quantidade deveria ser o triplo.
Faltam medicamentos para tratamento do câncer
Medicamentos para o tratamento do câncer estão deixando de existir nos hospitais públicos, por não serem mais adquiridos.
Segundo a legislação, o tratamento do câncer é um direito ao cidadão e deve começar o quanto antes, no máximo até 60 dias depois do diagnóstico. É preciso notar que, quando os exames necessários são realizados, depois da demora que costuma acontecer, a doença já pode ter avançado a um ponto irreversível.
O mais alarmante é que os hospitais recebem ou deveriam receber a verba para a compra de medicamentos. Mas, o que ocorre, além de desvios de verbas, são atrasos no pagamento aos hospitais e redução cada vez maior dos orçamentos destinados aos medicamentos de alta complexidade. Além disso, ainda há faltam recursos humanos e boa vontade.
Em consequência dessa situação, são muitos os casos dos pacientes que morrem nos hospitais depois de interrompido o tratamento por falta da radioterapia ou de medicamentos para quimioterapia. Os poucos equipamentos disponíveis costumam quebrar.
Os recursos que existem no exterior não estão disponíveis
Enquanto que médicos e cientistas em outros países já conseguem tratar o câncer, no Brasil as dificuldades existem até para quem tem um bom plano de saúde e mais ainda para quem depende do SUS ? Sistema Único de Saúde. Quem pode pagar pelo remédio, depois enfrenta na justiça a luta pelo reembolso do que gastou.
Quem não pode pagar pelos remédios caríssimos, aguarda na fila.
Entretanto, de acordo com o INCA ? Instituto Nacional do Câncer, acontecem 190 mil mortes por ano no país. São 596 mil novos casos diagnosticados por ano. A lentidão da burocracia na área de saúde, há falta de estrutura para os diagnósticos precoces, a ausência de investimento em pesquisa colaboram para que o problema do câncer no Brasil seja muito maior do que a falta de medicamentos.
Novos tratamentos apresentados à comunidade internacional
? ? Um medicamento hormonal, o letrozole, reduz o câncer de mama, mantendo a qualidade de vida da paciente. Depois de cinco anos de terapia, os riscos de recorrência diminuem em 34%.
? O medicamento daratumumab, ajuda a diminuir a evolução do mieloma múltiplo em 70%, quando adicionado a duas outras substâncias, o bortezomib e dexamethasone.
? O risco de morte em pacientes idosos é reduzido em 33% quando o glioblastoma é tratado com temozolomide, em sessões de radioterapia.
? Há resultados mostrando a eficácia do rovalpituzumab no tratamento de câncer de pulmão. O tratamento interrompe o crescimento do tumor em 89% dos pacientes e reduz o câncer em 39%.
? Um anticorpo, o IMAB362, foi apontado em um estudo europeu como responsável por aumentar a média de vida de um paciente se adicionado à quimioterapia do câncer de intestino.
? A droga oral capecitabine aumenta a sobrevida dos pacientes de câncer pancreático, segundo um dos maiores estudos europeus já realizados.
? O medicamento imunoterápico atezolizumab é eficaz no tratamento do câncer de bexiga em estágio avançado, em pacientes que não podem fazer o tratamento com cisplatina.
? Mulheres com câncer de ovário avançado podem se beneficiar de quimioterapia no abdômen e na forma intravenosa, de forma mais eficaz.
? Muitos pacientes podem ser beneficiados com a biópsia líquida, ou seja, o exame com amostras de sangue, saliva ou urina. Os estudos demonstraram que a análise genômica dessas amostras é praticamente equivalente às obtidas nas biópsias de tecido e essa é uma alternativa muito menos invasiva para diagnóstico e monitoramento dos tumores.
? Um total de 40% dos pacientes tratados com pembrolizumab apresentou sobrevida depois de três anos de tratamento, depois de terem sido diagnosticados com melanoma avançado.
O Brasil carece de estrutura de pesquisa clínica, com recursos humanos e técnicos, para diminuir o custo dos medicamentos já pesquisados. Existem muitas drogas e tratamentos novos, que precisam chegar aos pacientes.
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http://www.planodesaudenota10.com.br