A batalha entre as farmácias de bairro e os e-commerces

Rio de Janeiro, RJ--(DINO - 17 abr, 2017) - O número de lojas virtuais para venda de medicamentos e itens de perfumaria vêm crescendo exponencialmente nos últimos anos. Os e-commerces de farmácias apostam em três pilares frente à compra pelo telefone: quantidade de itens no estoque, pesquisa de preços e comodidade. A reação das farmácias de bairro é imediata: entrega em minutos e frete grátis para seus clientes. A jornalista carioca Patrícia Guerra, 30 anos usuária dos sites de farmácias digitais enfatiza que pesquisar preços fora da Internet pode gerar uma grande dor de cabeça: "Atualmente eu pesquiso os preços dos medicamentos abrindo 4 ou 5 páginas simultâneas, se eu for pesquisar os mesmos medicamentos pelo telefone demoro cerca de 30 minutos" Patrícia explica que, apesar de pesquisar o valor individual de cada medicamento, muitas vezes acaba optando por comprar nas farmácias físicas: "Depois de uma pesquisa rápida nos sites e ter noção do preço médio do medicamento, se eu encontrar alguma farmácia por perto que venda próximo do valor eu acabo comprando". O fator decisivo para a compra dos medicamentos acaba sendo o valor total da compra: "Pagar o frete para a minha região muitas vezes acaba não valendo a pena", conta Patrícia. Nossa equipe fez uma pesquisa simulando a compra de alguns medicamentos de diferentes categorias nos 3 maiores e-commerces de farmácia do país e em 3 farmácias do bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.Os medicamentos pesquisados foram o anti-inflamatório Prelone 20mg de 10 comprimidos, o analgésico Neosaldina de 30 drágeas e o medicamento de reposição hormonal Synthroid. Nas farmácias digitais, o Prelone teve uma média de R$ 20,71 enquanto nas farmácias físicas o valor médio foi de R$ 24,00. Já a Neosaldina, o melhor preço médio foi encontrado nas farmácias de bairro, uma média de R$ 22,20 contra R$ 23,50 nos e-commerces. O preço médio do Synthroid nas farmácias físicas foi R$ 0,20 maior que nos sites, custando R$ 27,94.O valor médio do frete nos e-commerces, com a entrega via SEDEX para o bairro da Tijuca foi de R$ 21,50, caso o usuário decida fazer um carrinho com os 3 medicamentos, o valor total da compra sairia R$ 93,45. Já nas farmácias do bairro, todas ofereceram frete grátis e a compra dos mesmos medicamentos totalizou R$ 74,14. As soluções tecnológicas acompanham essa briga de perto, no lado do e-commerce, existem diversas facilidades para o usuário pesquisar os melhores preços nas farmácias online, como o site CliqueFarma (www.cliquefarma.com.br) e o ConsultaRemedios(www.consultaremedios.com.br) que além da pesquisa oferece diversas informações sobre os medicamentos. Em contrapartida, as farmácias físicas estão cada vez mais apostando no meio digital, deixando seus sites responsivos, otimizando o uso via celular e apostando no delivery online. A empresa WebFarmas(www.webfarmas.com) decidiu colocar as farmácias físicas vendendo pela Internet oferecendo um módulo de e-commerce para as redes de franquias, sem a necessidade de uma central de pedidos e permitindo que cada farmácia possua seus próprios preços.Seguindo exemplo de outros países, as farmácias que aderirem soluções tecnológicas a seu favor poderão ter um aumento considerável em suas receitas. O maior beneficiado com essa briga é o consumidor, que cada vez mais possui opções aliando o preço e comodidade.