São Paulo--(
DINO - 18 mar, 2021) -
A chegada da tecnologia trouxe muitos ganhos, especialmente, quando o assunto é educação. Os cursos EaD (Educação a Distância) permitem que o estudo aconteça em qualquer lugar a qualquer hora. Essa mobilidade vem ao encontro de uma nova cultura conhecida como
life long learning, ou seja, uma formação contínua ao longo da vida, na tradução para o português.
Isso significa que, se no passado, uma pessoa poderia considerar seus estudos concluídos após sair da faculdade, hoje a ideia desse saber cristalizado, acabado, não existe mais. O profissional precisa estar em constante aprendizado para ser inserido e considerado apto a atuar no mercado de trabalho, independentemente do ramo em que atua. E a pandemia veio para evidenciar isso.
De acordo com pesquisa feita pelo marketplace de ensino e aprendizado no mundo, Udemy, houve um aumento global de 425% na procura por cursos on-line durante a pandemia. Outras plataformas como Hotmart e Coursera também despontaram com cursos nas mais diversas áreas de conhecimento.
E mesmo as escolas e faculdades tradicionais tiveram que se adaptar ao modelo de ensino híbrido em função das medidas sanitárias para a contenção da covid-19 em 2020, criando plataformas próprias ou aderindo a outras como Google Clasroom. Modelo este que segue sendo necessário, tendo em vista que a pandemia ainda é uma realidade longe do fim.
Nesse novo contexto uma coisa é primordial: o aluno deve ser o foco de todo o processo de ensino-aprendizagem. Isso significa colocá-lo como protagonista não só do ponto de vista pedagógico. É preciso também concentrar esforços para melhorar a relação de toda a comunidade escolar com o ambiente educacional.
Para isso é necessário entender como o aluno/família está percebendo essa nova realidade, como está se adaptando a esse novo modelo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, as tecnologias digitais são grandes aliadas na medida em que permitem uma maior aproximação entre família e escola em tempos de distanciamento social. As escolas podem usá-las para pesquisas de opinião e para entender como toda a comunidade escolar – pais, alunos e colaboradores – está percebendo esse contexto pandêmico.
O atual momento escolar é delicado e exige sensibilidade por parte dos gestores. E quanto mais os processos burocráticos forem digitalizados, mais tempo eles terão para se dedicarem às relações pessoais com as famílias, alunos e equipes. Um dos processos de gestão que pode ser mapeado e contribuir bastante para o bom desempenho da escola é a
experiência do estudante, dado fundamental para garantir não só a retenção, mas também a captação de novos alunos.
Para aperfeiçoar esse processo, os brasileiros Ricardo Pena, que é executivo de pós-venda, e Bruno Gobbato, líder de relacionamento com cliente da Brinquedos Estrela, criaram uma solução gratuita que permite identificar como o estudante/família se sente em cada etapa do relacionamento com a marca. “A maior parte dos cursos despreza o mapeamento da
jornada do aluno, mas isso é um erro”, explica Ricardo.
Segundo ele, essa é uma etapa fundamental para a performance da escola. “O sucesso de uma empresa depende de as pessoas continuarem comprando e indicando o produto para outras. Não basta deixar o cliente satisfeito, é preciso ir além”, comenta.
Todos os dias há mais e mais cursos de todos os tipos sendo oferecidos na internet. O aumento da busca por conhecimento fez o mercado educacional – formal e informal – ficar bastante aquecido durante a pandemia. Dessa forma, toda percepção que o aluno tem sobre determinada instituição de ensino é importante para a tomada de decisão sobre matricular-se ou manter-se matriculado.
O aluno precisa conectar-se à instituição de ensino, sentir-se parte importante daquele corpo estudantil para querer investir seu capital naquele estabelecimento. E para que ele chegue a essa conclusão será preciso que a instituição tenha desenvolvido uma estratégia de marketing digital eficiente e autêntica que deixe claros: missão, objetivos e valores reais da empresa.
Isso se faz por meio de conteúdos disponibilizados em sites, redes sociais, banners,
landing pages ou mesmo nos meios tradicionais como anúncios em jornais, revistas, rádio e TV, outdoors, panfletos etc.
Vale lembrar que o que for retratado pelo marketing precisa se refletir no dia a dia da instituição, no trato com pais, alunos, colaboradores e familiares para que o marketing seja autêntico, faça sentido e conecte as pessoas.
Para que toda essa comunicação seja eficiente, precisa ser direcionada para um emissor específico, que segundo Ricardo, no marketing é conhecido como
persona. “A persona é aquele indivíduo que mais vai utilizar o seu ensinamento para o bem e indicar o seu curso para outras pessoas”, explica.
A definição desse cliente ideal precisa ser detalhada e criteriosa para que todos os materiais produzidos tenham formatos, temas, canais e linguagens adequadas para conquistá-lo. “Não pode ser baseada no que você acha, precisa ter dados reais. Se o seu curso está começando e você ainda não conhece o seu consumidor, vale a pena encomendar uma pesquisa de mercado”, orienta.
Pensando em auxiliar na definição da
persona, a
PeopleXperience oferece um recurso que permite saber, por exemplo, quais são os objetivos de quem procura o curso, quais as dores e os principais desafios, como é a personalidade, quais são as motivações, e canais de comunicação favoritos, entre outros dados relevantes para a construção desse perfil. É a partir daí que começa o mapeamento de toda a
jornada do cliente e suas emoções diante dos materiais oferecidos pela empresa.
Caso a ferramenta mostre que determinada abordagem não agradou, a gestão pode atuar de forma rápida para fazer as alterações necessárias na estratégia a fim de não perder aquele estudante. “Já que o aluno está investindo tempo e dinheiro no nosso curso, por que não a gente retribuir com um conteúdo bacana para melhorar a experiência dele?”, avalia Ricardo.
Website:
https://peoplexperience.com.br/