São Paulo, SP--(
DINO - 03 mai, 2017) - Recentemente a Anatel divulgou em sua página oficial algumas pesquisas que revelam o quanto o serviço de
internet banda larga tem ganhado mais adeptos enquanto o serviço de telefone fixo e até mesmo de telefonia móvel vêm perdendo clientes.
Nos últimos doze meses 1,36 milhões de novos clientes contrataram o serviço de banda larga, ao passo que 1,84 milhões de linhas fixas deixaram de existir no mesmo período, junto de 15,1 milhões de linhas móveis também no espaço de um ano (de fevereiro de 2016 a fevereiro de 2017).
Segundo Rafael Antunes, cofundador do Portal de Planos, site dedicado à exposição dos principais planos dos serviços de internet banda larga, telefonia fixa e móvel e TV por assinatura do mercado nacional, esses dados mostram que o brasileiro têm reajustado seu orçamento devido à crise, revelando quais serviços considera prioridade ao cortar gastos "desnecessários". Abaixo está a análise desta situação feita por ele:
"Entre os serviços oferecidos pelas operadoras de telecomunicações, a internet é o mais completo de todos. No geral, os propósitos da contratação desses serviços são: comunicação, informação e entretenimento. E através da rede o cliente tem acesso a tudo isso. É possível até mesmo fazer chamadas de voz, o que torna o serviço de telefonia menos relevante, e quanto à informação e ao entretenimento, a internet pode ser muito mais abrangente que a
TV por assinatura .
E mesmo os planos de celular também oferendo internet consideravelmente rápida hoje em dia, nas tecnologias 3G e 4G, a banda larga ainda leva muita vantagem, tanto na velocidade e estabilidade da conexão, quanto pelo fato de não ter limite de download, como as franquias dos planos de celular. Além do mais, grande parte do tempo as pessoas estão em lugares com redes WiFi disponíveis, o que possibilita usar o celular pra acessar a internet sem a necessidade de um plano.
O serviço de telefonia fixa já vem perdendo espaço há um bom tempo para a telefonia móvel e não há novidade nisso, mas esse número tão grande de cancelamentos de linhas móveis parece ser consequência principalmente de mais duas situações do mercado nacional, além da preferência pela banda larga e dos cortes de gastos provocados pela crise.
Qualidade do atendimento e do serviço
É verdade que o atendimento das operadoras sempre deixou a desejar e sempre houve muitas falhas no serviço, o que se deve principalmente ao fato de as operadoras, por conta da demanda, venderem mais linhas do que sua infraestrutura (tanto de equipamentos, quanto de profissionais qualificados) pode atender (com qualidade).
E isso, embora muito incômodo, não seria tão relevante a ponto da pessoa abrir mão do serviço se ela realmente precisar dele. Mas como já foi dito, com a versatilidade do que se pode fazer com a banda larga e a facilidade de se ter acesso a esse serviço, esta se tornou uma alternativa de comunicação instantânea por voz, fazendo com que o serviço de telefonia não seja mais tão crucial.
Ligações mais baratas para outras operadoras
Por conta de uma medida da ANATEL com a intenção de diminuir os custos de ligações para outras operadoras, no segundo semestre de 2015 as operadoras começaram a inserir esta ideia em suas campanhas de marketing que, para as primeiras que lançaram (TIM e Oi), era um diferencial atrativo, mas não demorou muito para as outras aderirem.
Do barateamento das tarifas, inclusão de minutos nos pacotes dos planos, chegando a pacotes sem diferenciação dos minutos para outras operadoras e até a planos com minutos ilimitados para qualquer operadora, a verdade é que a ANATEL já previa que a consequência disso fosse o cancelamento de várias linhas.
Desde o começo, o objetivo dessa medida foi acabar com o chamado "efeito clube", gerado pelo preço muito mais barato, até então, das ligações para a mesma operadora, o que fazia que muitas pessoas adquirissem uma linha de uma determinada empresa por ter muitos amigos que já eram clientes da mesma, e não pelas ofertas e pela qualidade do serviço em si.
Já as linhas fixas tiveram uma queda muito menor que as linhas móveis, tanto porque sofreram menos impacto dessas mudanças do mercado de telecomunicações, quanto pelo fato de a quantidade total das primeiras já eram bastante inferiores - segundo os dados mais recentes da
Teleco , o Brasil terminou o mês de fevereiro com 41,5 milhões de linhas fixas contra 242.919 milhões de celulares."
Website:
https://portaldeplanos.com.br/