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ENEM pode ser porta de entrada para estudantes brasileiros no exterior


São Paulo/SP--(DINO - 21 mai, 2019) -
O ENEM 2019, que acontece em novembro, também poderá ser utilizado como forma de acesso a universidades de 6 países diferentes: Canadá, França, Reino Unido, Estados Unidos, Irlanda e Portugal. Só nesse último, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), 37 instituições utilizaram a pontuação da prova em seus processos seletivos no ano passado. Isso representa um aumento de 1750% em relação a 2014, quando apenas 2 universidades aderiram a iniciativa
estabelecida entre os governos brasileiro e português.



Aprovado nas 10 maiores Universidades americanas, Matheus Tomoto alerta, no entanto, que é preciso ficar atento nas especificidades dos processos seletivos de cada país. “A seleção para entrar nas faculdades brasileiras se baseia apenas em uma nota, ao contrário de vários lugares lá fora que usam um método mais holístico e justo, avaliando questões como atividades extracurriculares e o desempenho do candidato durante o Ensino Médio”, afirma.



O país com o maior número de vagas disponíveis é Portugal, que é o único que tem convênio com o INEP. É também o que conta com o acesso mais facilitado, baseado exclusivamente na nota do ENEM. O estudante que atinge 600 pontos no exame já tem chances concretas de conseguir uma vaga. Mas a nota de corte tende a aumentar de acordo com o renome da instituição e a concorrência do curso escolhido.



Cerca de 1,2 mil brasileiros foram aprovados em universidades portuguesas com a pontuação obtida na prova nacional entre 2014 e 2018, o que representa uma média de 300 pessoas por ano.



Além de Portugal



Já nas instituições dos outros países o ENEM é utilizado como parte importante do processo seletivo, mas não como critério único.



No Reino Unido, por exemplo, o processo funciona de uma forma distinta. De acordo com o Serviço Central de Admissão Universitária do Reino Unido (UCAS), o certificado de Ensino Médio brasileiro e a nota obtida pelo ENEM são considerados abaixo do padrão britânico para admissão direta em suas universidades. No entanto, são suficientes como forma de acesso ao último ano do Ensino Médio local, conhecido como Foundation Year, que é uma espécie de treinamento pré-universitário com aulas de redação, metodologia de pesquisa e inglês, entre outras disciplinas.



Depois de concluído esse programa, cada universidade possui um processo de admissão próprio que deve ser consultado de forma individual em seus portais online. Ao todo cinco instituições da região aceitam esse processo: Kingston University, Birkbeck University of London, University of Bristol, University of Glasgow e Oxford University. 



Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a New York University admite a nota do ENEM em todos os seus cursos de graduação em substituição às provas padronizadas americanas de acordo com a sua política de flexibilização de ingresso. Mas é necessário comprovar proficiência em inglês e confirmação de conclusão do Ensino Médio por parte da escola onde o curso foi realizado.



Já nas universidades francesas, os brasileiros podem entrar apenas depois de já terem sido aprovados no Brasil em um curso semelhante ao que pretendem fazer na França e cada instituição pode solicitar documentos específicos.


A University College Cork, na Irlanda, também aceita candidatos brasileiros que já fizeram 1 ano de graduação em alguma universidade reconhecida no Brasil. Para se aplicar é necessário o certificado de conclusão do Ensino Médio e a nota obtida no ENEM. A média obtida nesse primeiro ano de graduação deve ser de no mínimo 7 e pode chegar a 9, dependendo do curso escolhido. Outros documentos, como comprovação
de proficiência em inglês, também podem ser requeridos.



O mesmo acontece na Toronto University, a maior instituição de ensino do Canadá. A universidade também aceita o certificado de conclusão do Ensino Médio e o resultado do ENEM como forma de admissão em diversos cursos, mas é necessário ter um certificado de proficiência em inglês.



Os candidatos aprovados devem pagar mensalidades e taxas de inscrição em todas as universidades estrangeiras que aceitam a nota obtida no exame brasileiro, inclusive as públicas. No entanto, Matheus ressalta que é possível conseguir auxílio financeiro.



“Existem vários tipos de bolsas por mérito direcionadas aos estudantes mais destacados academicamente e também é possível trocar trabalhos dentro do campus universitário por descontos nas mensalidades”, explica.



Website: http://universidadedointercambio.com