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DINO - 19 abr, 2018) - Com a chegada dos meses mais frios do ano, o tempo de?exposição ao sol costuma diminuir e a consequência mais danosa para o organismo é a?redução nas taxas de colecalciferol, ou vitamina D - como é mais conhecido.?O?processo de?formação da vitamina D?ocorre na pele e?é dependente dos raios solares do tipo UVA e UVB -?90% da produção de toda a vitamina D que circula em nosso corpo?ocorre nesse processo.
Mesmo em países com alta incidência de exposição solar, como é o caso do Brasil, uma parcela cada vez maior da população encontra-se com níveis insuficientes ou deficientes de vitamina D, o?que?faz com que toda a comunidade médica tenha que?ficar atenta.?"O crescente déficit dessa molécula na população pode levar ao descontrole e/ou surgimento de uma série de patologias", afirma o ginecologista e especialista em?reprodução?humana,?Dr. Roberto de Azevedo Antunes, Diretor-médico do Centro de?Reprodução Humana?Fertipraxis.
A vitamina D é uma molécula que apresenta ação hormonal em diversos processos do nosso organismo.?Sua ação mais conhecida se dá na regulação dos?níveis?de cálcio e fósforo,?e sua deficiência ocasiona, entre outros problemas,?fragilidade óssea e fraqueza muscular.?
A vitamina D atua ainda no controle da proliferação de células cancerígenas, na modulação da função cardíaca, na regulação do sistema imune?e até no desempenho reprodutivo dos casais.?"A influência da vitamina D na fertilidade humana, apesar de cada vez mais estudada, ainda não é bem elucidada. Estudos em modelos animais evidenciaram que ela possui um enorme efeito sobre a capacidade de gravidez e sua evolução. No entanto, em humanos, ainda há espaço para discussão",?explica o médico.
Pesquisas recentes identificaram que déficits dos níveis sanguíneos de vitamina D foram observados em condições que dificultam a gravidez, como na endometriose e na síndrome dos ovários policísticos. Além disso, várias publicações mostraram que homens com níveis mais baixos da vitamina D?apresentam piores parâmetros de qualidade seminal e maior dificuldade em engravidar suas parceiras.?
Um outro?estudo recente?mostrou que baixos níveis de vitamina D estão relacionados a menores taxas de gravidez em tratamentos de fertilização in vitro.?"Quando avaliamos o desempenho de gestações em curso, baixos níveis de vitamina D?parecem?também estar ligados a piores resultados obstétricos. Dentre eles destacam-se maiores taxas de abortamentos e de doença hipertensiva ligada a gravidez", acrescenta.?
Diferentemente do que ocorre com a prevenção de fraturas e da saúde óssea, onde a reposição de vitamina D é comprovadamente eficaz, ainda?não é claro se a?reposição de vitamina D?auxilia na prevenção de problemas na gravidez?ou na melhora dos resultados de tratamentos de fertilidade.?
?A grande pergunta que a comunidade médico-científica segue tentando responder é se a reposição de vitamina D nessas situações é válida ou não. Até o momento as principais sociedades de obstetrícia e medicina reprodutiva não recomendam reposições altas de colecalciferol para mulheres em idade fértil, mesmo durante a gestação.?"Essa é uma?área de muito debate e com muitos estudos sendo realizados, de modo que, a qualquer momento, essa posição pode ser revista", conclui o Dr. Roberto de Azevedo?Antunes.
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