Brasília, DF--(
DINO - 18 ago, 2016) - O Setor Noroeste de Brasília irá ganhar um parque nos moldes do Parque Sarah Kubitscheck ou Parque da Cidade, situado na Asa Sul. Este é o desejo manifestado hoje de manhã pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, ao falar sobre a construção definitiva do Parque Burle Marx. Até o final do mês o governo tomará decisão relativa à construção. "Será uma marca de nosso governo: um parque com as características do Parque da Cidade", afirmou.
"Esta declaração do governador sobre o Parque Burle Marx anima muito tanto os empresários do setor imobiliário quanto os que compraram e os que pretendem comprar imóveis no Noroeste, na Asa Norte e arredores porque significa qualidade de vida e valorização imobiliária. Finalmente, a promessa do governo começa a se concretizar", celebrou Paulo Muniz, presidente da ADEMI-DF ? Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF.
O governador, secretários e técnicos do governo cumpriram agenda com empresários e executivos do setor imobiliário e da construção na sede da ADEMI, no tradicional café da manhã da Entidade. Cerca de 60 profissionais do setor compareceram. Além de anunciar a novidade sobre o Parque Burle Marx, Rollemberg disse que nestes próximos meses seu governo tomará novas providências para estimular negócios do setor imobiliário, com vistas a movimentar a economia local, com geração de empregos e renda.
Novas medidas para destravar setor imobiliário
Agilizar a tramitação de projetos imobiliários no âmbito do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), antecipar a aprovação da Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) até agora prevista para maio de 2017, agilizar o debate sobre a Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo do DF (LUOS) na Câmara Legislativa ainda este ano e o incremento ao combate à ocupação ilegal do solo (grilagem) são exemplos de medidas mencionadas por Rodrigo Rollemberg para regulamentar e facilitar negócios do setor imobiliário.
Sobre o IBRAM, o governador disse que fará modificações naquele órgão para dotá-lo de melhores condições de atuação, a exemplo da Central de Aprovação de Projetos (CAP): "nossa próxima intervenção para garantir maior agilidade será no IBRAM, assim como avançamos na CAP", disse. Ele também informou que está reforçando a equipe da CAP com mais sete técnicos gabaritados, o que irá acelerar a tramitação burocrática de projetos imobiliários.
Projetos da LUOS e PPCUB serão enviados este ano à Câmara Distrital
Sobre a LUOS, o governador afirmou que "tenho convicção que ela será um dos instrumentos para destravar a economia do DF". Tanto o projeto da LUOS quanto o do PPCUB deverão ser enviados à Câmara Legislativa já na próxima sessão legislativa, disse. "O PPCUB está há quase dois anos sendo discutindo, mas tem que estar pronto para ser entregue à Câmara Distrital no início da próxima sessão legislativa. Eu entendo que devemos antecipar (o envio). Confesso que achei que maio (de 2017) está muito longe para termos uma proposta de PPCUB", afirmou.
"A atual administração tem adotado atitudes positivas em relação ao setor imobiliário e da construção civil e agilizar o trabalho do IBRAM, bem como acelerar a discussão e aprovação do PPCUB e da LUOS traz segurança jurídica para atrair mais investimentos, que é algo que o DF precisa e muito", disse Paulo Muniz.
Governador quer combater ocupação de "faroeste" no DF
Rodrigo Rollemberg foi questionado pelos empresários sobre as ações do GDF contra a ocupação ilegal do solo e reafirmou sua posição de combater a grilagem severamente:
"Ou a gente mostra intolerância com este processo ou ele não tem limite. Tem pessoas vendendo áreas públicas como se fossem delas. E as pessoas têm que ter algum receio de comprar em áreas sabidamente ilegais. É extremamente desagradável (desalojar habitantes de áreas griladas), mas estamos fazendo este enfrentamento para dar ares de legalidade a esta cidade. Não é possível que em pleno século XXI, a menos de 10km do Palácio do Planalto, as pessoas estejam invadindo terra pública e construindo como se aqui fosse um "faroeste", uma terra de ninguém".
Ainda em relação à construção irregular de imóveis, o governador citou o caso de Vicente Pires e o comparou ao de Águas Claras, lamentando que o próprio GDF tenha permitido o crescimento descontrolado de construções irregulares em Vicente Pires.
Em reunião com sua equipe, o governador Rollemberg disse que "nós estamos adotando uma postura burra porque demoramos dois anos para liberar um empreendimento formal, que vai gerar impostos, que vai gerar empregos (em Águas Claras) e ali ao lado (em Vicente Pires) "está explodindo" de construções irregulares e o Estado, quando vai evitar, isso vai ter custo, como para derrubar as construções, o que vai criar problema de toda ordem. Esta lógica está errada e isso me angustia muito", afirmou.
Ele acrescentou que esta situação em Vicente Pires deve motivar o GDF a "agilizar ainda mais os procedimentos de aprovação de projetos para que tenhamos uma cidade legal e não termos mais que correr atrás de uma cidade que vem se constituindo há anos de forma ilegal. Essa questão de ter um olhar prioritário para os novos loteamentos, para os novos empreendimentos, para nova oferta de unidades habitacionais, acho um pleito justo e correto para o futuro da cidade".