Rio de Janeiro--(
DINO - 26 mar, 2018) - Muito se fala sobre indicadores de desempenho, metas etc. Porém, como aplicá-los na área industrial, mais especificamente no planejamento e controle da produção (PCP) ou no planejamento, programação e controle da produção (PPCP)? Como a utilização de indicadores de desempenho pode trazer resultados positivos para o seu negócio?
Já se tornou um jargão dizer que quem não mede não gerencia, morre. Mas eu vou além e insisto: além de medir, precisamos de uma estrutura organizada e de ferramentas para transformar essas medições em ações.
Por isso, vou mostrar para você 5 objetivos clássicos da produção (Nigel Slack) e sugiro alguns indicadores para cada um deles:
1 - Velocidade => tempo de atravessamento, ou lead time
Tomemos por exemplo o indicador "Tempo de atravessamento". Podemos ter um gráfico da evolução temporal do tempo de atravessamento de uma ordem de produção por produto ou agregado, claro que a forma de exibição deste gráfico vai variar muito entre diferentes indústrias, mas a ideia é podermos enxergar tendências de aumento neste indicador e buscar as causas desses aumentos.
Seguindo neste exemplo, imagine que um determinado produto tem num mês o tempo de atravessamento médio de suas ordens de produção de 10 dias, no mês seguinte de 13, no próximo de 20 e aumentando gradativamente. Caso o monitoramento seja feito de maneira consistente, levando sempre em consideração os últimos períodos de 30 dias, é possível perceber que há uma tendência de aumento e buscar quais são as suas causas e combatê-las antes do indicador chegar a 13.
Ainda com este indicador, podemos comparar tempos de atravessamento entre diferentes produtos e fazer um teste interno, buscando entender o que é feito nos produtos que têm menor tempo de atravessamento e que pode ser replicado em outros produtos.
2 - Custo => tempo de processamento, quantidade de material consumido
Em uma indústria, quando falamos de custos, costumamos falar de tempo de processamento e de consumo de material.
Medindo os tempos de processamento, podemos comparar diferentes máquinas, operadores etc. Podemos analisar variações nos processos e buscar reduzir sistematicamente os desvios-padrão dos indicadores. Por exemplo, se um indicador tem média igual a 100 e desvio-padrão igual a 20, significa que é possível estabelecer uma meta igual à média menos (ou mais, dependendo do indicador) 3 desvios-padrão, pois é possível obter 40 (ou 160), já que em algum momento isso foi alcançado. Para isso, precisamos de ferramentas adequadas.
3 - Confiabilidade => entregas no prazo, dias de atraso
Primeiramente precisamos definir confiabilidade. Uma empresa é confiável quando ela cumpre sua palavra, seus acordos ou suas promessas. Quanto maior o índice de cumprimento, mais confiável a empresa vai ser para seus clientes.
4 - Qualidade => não conformidades, retrabalhos
Menos reparos e termos de garantia significam menos retrabalho e redução no gasto de tempo, esforços e dinheiro. Assim, qualidade é inversamente proporcional à variabilidade. [?] A variabilidade excessiva no desempenho de um processo resulta, em geral em desperdício (MONTGOMERY, 2009).
Com isso, o monitoramento de índices de não conformidades e retrabalho ajuda a reduzir a variabilidade do processo, entender as causas dos problemas e trabalhar para melhorar continuamente utilizando conceitos de PDCA e de SDCA.
5 - Flexibilidade => tempos de setups
A flexibilidade tem a ver com a capacidade de poder mudar o que é feito. Nesse sentido, pensei que o indicador tempos de setup ou de preparação de máquina tem grande influência na capacidade da empresa ser flexível. Quanto maiores os tempos de setup, menos disposta a ter lotes pequenos de produção estará a empresa. Se pensarmos numa situação limite, uma produção sem setups permite que haja mudança constante no que está sendo produzido sem acarretar em um aumento no custo unitário da produção.
Portanto, medir tempos de setup e analisar sua evolução por máquinas, produtos, operadores e quaisquer outras variáveis envolvidas permitirá mantê-los baixos e conferirá a vantagem em flexibilidade.
E na sua indústria, o PPCP consegue trazer resultado para o negócio? Ou melhor, consegue mostrar os resultados? São utilizadas ferramentas apropriadas e há uma estrutura organizada? Vamos seguir na jornada de aprendizado e colaboração?
Veja ainda mais dicas em:
https://www.nomus.com.br/blog-industrial/2015/03/5-objetivos-de-desempenho-e-indicadores-o-ppcp-trazendo-resultados-para-sua-industria/Para colocar as ideias deste conteúdo em prática, sugiro a implantação de um software ERP na sua indústria. Conheça o Nomus ERP Industrial e veja como melhorar todos os processos da sua fábrica:
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