São Paulo, SP--(
DINO - 04 jul, 2018) -
Os meses de maio e junho de 2018 mostraram a alta volatilidade do mercado financeiro no país. Tem ficado cada vez mais difícil manter o “sangue frio” para as aplicações, seja pelas oscilações do dólar (no exterior, a alta dos juros americanos atrai mais capitais para os Estados Unidos e fortalece o dólar globalmente), quanto às incertezas políticas do país. Sem contar, é claro, na paralisação dos caminhoneiros que agravou ainda mais o cenário e afundou de vez qualquer expectativa de um PIB acima de 2% este ano. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima, o Ibovespa perdeu 10,86% em maio e isso refletiu nas
carteiras de ações, onde nenhuma conseguiu desempenho positivo. Os fundos, que vinham captando muito em função dos juros baixos no país, tiveram saída líquida de R$ 4 bilhões.
Nesse quadro de sobe e desce, muitas vezes, o investidor muda a temperatura das operações conforme o movimento. Já dizia o velho ditado: “água morna não serve nem para fazer chá”. O educador financeiro e instrutor do curso
‘O Investimento Perfeito’ explica que no caso dos investimentos, com tantas incertezas, o melhor a fazer, se o investidor não precisar de recursos no presente, é ter calma, manter a estratégia proposta, pensar nas ações como
investimento a longo prazo e esperar que a tendência de preços esteja mais clara.
E, nos últimos meses, no mercado que tem se visto de tudo é comum ver o perfil de investidor “morno” que para embolsar lucros ou cessar perdas, acaba gerando o efeito manada, que potencializa as altas ou baixas. E mais, chega interromper uma aplicação de maneira precipitada devido à volatilidade. No vídeo
‘A diferença do ponto final e vírgula’, Bona explica que o
investidor de sucesso precisa analisar o momento. Como por exemplo, o resgate prematuro de ações a longo prazo que beneficiam o acúmulo de capital, ao primeiro sinal de turbulência do mercado.
Existem três tipos de volatilidade principais: histórica, implícita e real.
A histórica é aquela que já é conhecida pelo mercado: toma-se as variações de preço ao longo de determinado tempo e através de cálculos pode-se determinar a volatilidade histórica. É uma referência usada para estimar volatilidade futura, mas isso não significa que ela vai se repetir. Essa estimativa é chamada de volatilidade implícita e é calculada através de cálculos com a volatilidade histórica, preços de derivativos e outros ativos negociados no mercado.
A volatilidade real, por sua vez, é a volatilidade futura com seu valor absoluto, mas ela é desconhecida. Uma vez conhecida ela já é passado e, portanto, torna-se parte da volatilidade histórica.
Ao contrário do que muitos pensam, os momentos de crise também podem ser de oportunidades como quando o
investidor a longo prazo se beneficia com papéis mais baratos. O educador financeiro enfatiza que os investimentos são meios para o alcance de sonhos. Portanto, quando se coloca um ponto final em um sonho também se finaliza um plano de vida. Na grande maioria das vezes uma
vírgula, entende-se uma pausa, readaptação ou como se pode superar um determinado período, é o reflexo para os grandes resultados.
Há situações ao inverso em que o
ponto final, entende-se uma finalização, deve ser utilizado no lugar da vírgula, como quando o investidor acredita em fórmulas milagrosas de investimentos ou tenta investir sem nenhum método “atirando para todos os lados”. Bona ainda exemplifica a situação com os investidores que constantemente trocam de investimentos. Segundo o educador, a falta de estratégia faz com que o investidor perca
grandes oportunidades. "É necessário se ter um método útil para se investir em qualquer cenário econômico onde se sabe exatamente o que esperar em cada tipo de investimento para a realização dos objetivos”, finaliza.
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https://andrebona.com.br/