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Câncer de pele não melanoma atinge cerca de 175 mil pessoas ao ano no Brasil


Curitiba - PR--(DINO - 27 dez, 2021) -
O câncer de pele tipo não melanoma é o mais frequente na população brasileira, correspondendo a 95% dos tumores malignos de pele e 30% do total dos casos de câncer. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 175 mil novos casos a cada ano.


Esse tipo de câncer de pele é menos letal que o melanoma, mas no local acometido pode causar destruição ao longo dos meses/anos. Seus subtipos mais comuns são os carcinomas basocelular e espinocelular.


De acordo com o dermatologista e cirurgião de Mohs, Dr. Felipe Cerci, autor/co-autor de 48 artigos científicos, a maioria deles sobre carcinoma basocelular e cirurgia micrográfica de Mohs, essa técnica é um método de tratamento extremamente eficaz e indicado para casos no rosto. 'O procedimento menos invasivo é capaz de retirar completamente as raízes do câncer de pele e preservar ao máximo a pele sadia. Isso é possível pois o cirurgião faz uma análise das margens cirúrgicas no microscópio imediatamente após remoção da lesão', afirmou.


A preservação da pele sadia proporciona ao paciente menor cicatriz e, em muitos casos, é importante para questões funcionais. Por exemplo, a remoção desnecessária de pele devido a um câncer nas pálpebras ou no nariz pode levar a prejuízos na visão e na respiração.


Por essas razões, essas áreas consideradas 'nobres' têm indicação da cirurgia de Mohs como tratamento. 'São localizadas na face e têm importância estética e funcional. Estamos falando do nariz, pálpebras, orelhas e na região ao redor da boca', explicou.


Diversos estudos apontam a segurança e a eficácia da cirurgia de Mohs. 'Quando realizada sob anestesia local, conforme preconizado pela Academia Americana de Dermatologia e Colégio Americano de Cirurgia de Mohs, os índices de complicação são extremamente baixos (0,72%), inclusive casos de infecção da ferida cirúrgica, representando um total de apenas 0,39% dos casos', afirma o especialista.


A cirurgia de Mohs é indicada principalmente para os carcinomas basocelulares e espinocelulares localizados na face. Entretanto, outros tumores mais raros como dermatofibrosarcoma protuberans, carcinoma anexial microcístico, carcinoma sebáceo e fibroxantoma atípico também podem ser tratados com a técnica.


Um estudo americano - intitulado 'Resultados e satisfação do paciente após cirurgia micrográfica de Mohs em pacientes com câncer de pele não melanoma', de Erica B. Lee, Aubree Ford, Dillon Clarey, Ashley Wysong, Adam V Sutton - realizado com pacientes submetidos à cirurgia de Mohs demonstrou que 97% dos pacientes ficaram satisfeitos com o procedimento e que, se necessário, se submeteriam novamente a ele.


É importante ressaltar que grande parte dos carcinomas não são localizados na face e, por isso, não têm indicação de cirurgia de Mohs e podem ser adequadamente tratados com cirurgia convencional, curetagem (similar a uma raspagem) e eletrocauterização, entre outros tratamentos.


Prevenção - Alguns cuidados são essenciais para evitar a ocorrência do câncer de pele, confira algumas dicas essenciais para o verão:


- Utilizar filtro solar de alta proteção em todas as áreas expostas ao sol;


- Escolher se expor ao sol antes das 10 horas e após às 16h;


- Usar sempre óculos escuros;


- Acessórios como chapéus e bonés são fundamentais.



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