Releases 12/09/2017 - 18:15

Queda da Selic prejudica poupança, mas abre novas oportunidades


São Paulo - SP--(DINO - 12 set, 2017) - Os recentes cortes na taxa Selic não são novidade para os brasileiros que acompanham os noticiários frequentemente. Os investidores estão sempre de olho nas notícias já que esta taxa é muito importante para a economia do país. Ela é, entre outras coisas, um indicador utilizado como parâmetro de algumas modalidades de investimento.

A queda da taxa vem acontecendo de forma recorrente há alguns meses e a mudança mais recente já era esperada. No entanto, o corte atual trouxe mudanças mais acentuadas para a realidade de muitos brasileiros, porque mexeu diretamente com os juros da poupança .

Há alguns anos, o governo brasileiro instituiu uma regra em que, caso a Selic atinja 8,50% ou menos, o rendimento mensal da poupança será equivalente a 70% da taxa. Por outro lado, caso a taxa Selic esteja acima de 8,50%, a caderneta rende o correspondente à taxa referencial (TR) mais 0,5% ao mês. Esta segunda opção é a que tem prevalecido nos últimos meses.

A definição vale para as aplicações feitas após 02 de maio 2012. Portanto, os valores aplicados antes desta data não são afetados. O governo delimitou esta mudança porque, com a Selic num patamar muito baixo, a caderneta de poupança ofereceria mais benefícios que alguns fundos.

Dessa forma, evita-se a migração em massa de investidores dos fundos para a poupança. Esse fato poderia prejudicar intensamente a indústria de fundos e, consequentemente, o próprio poder público. Isso porque o governo brasileiro é um grande emissor de títulos públicos que, por sua vez, fazem parte do portfólio de diversos fundos de investimento.

Possibilidades além da poupança

Como é possível perceber, a caderneta ainda é bastante popular entre os brasileiros. A facilidade de realizar aplicações, além da segurança e do baixo custo, faz com que a poupança ainda seja a queridinha de muitos poupadores no país.

No entanto, uma transformação de cenário tem acontecido: a busca por investimentos mais rentáveis tem favorecido outras modalidades. A poupança é o primeiro passo para quem quer começar a economizar. Todavia, não deve ser considerada como o destino final do dinheiro de quem planeja o futuro.

Com a mudança da taxa Selic em vista, muitos investidores podem se sentir perdidos em relação ao futuro de seus investimentos. A primeira orientação para quem está em dúvidas entre a poupança e outras possibilidades é fazer as contas. Às vezes, devido à incidência de Imposto de Renda e de taxas de administração, alguns investimentos podem render até menos que a caderneta.

Por isso, é importante considerar todos os custos atrelados a cada modalidade. Na renda fixa, por exemplo, é preciso estar atento ao percentual do CDI atrelado aos Certificados de Depósito Bancário (CDB). Normalmente, esses títulos emitidos por bancos costumam pagar taxas melhores para investimentos com prazos mais longos.

Uma boa dica para encontrar CDBs com rendimentos interessantes é buscar títulos de bancos menores. Isso porque, para atrair e reter investidores, os bancos menos conhecidos tendem a oferecer taxas maiores.

Outro fator a se considerar são as taxas de manutenção do investimento, como custódia, por exemplo, e a alíquota do Imposto de Renda. A atenção em relação a esses detalhes se justifica porque estes custos estão diretamente ligados ao rendimento final do investimento.

Quem possui um perfil mais arrojado e com mais tolerância ao risco, pode aproveitar o bom momento da Bolsa de Valores para rentabilizar seu capital. Na renda variável, o Índice Bovespa acaba de romper a barreira dos 74 mil pontos, maior nível já registrado de sua história.

Para se ter uma ideia da recente valorização da Bolsa, no último mês houve alta de mais de 7% e de 23,4% no acumulado do ano. Este é um resultado muito superior à performance da poupança desde o início do ano de 2017 até hoje. De todo modo, os investidores que têm interesse em aplicar dinheiro em ações e outros ativos na Bolsa de Valores devem estar atentos a alguns pontos.

Ter uma estratégia bem definida e agir de forma racional são alguns dos requisitos básicos para não sofrer perdas excessivas. Além disso, contar com a ajuda de bons profissionais pode fazer a diferença, especialmente para quem está começando a explorar este mercado.


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