Releases 16/05/2017 - 15:50

Minimamente invasivo, maximamente eficaz


São Paulo--(DINO - 16 mai, 2017) - As incisões cirúrgicas extensas (abertas), aquelas em que são feitas grandes cortes no corpo do paciente, são cada vez menos praticadas, na cirurgia geral. Associadas a complicações, estes procedimentos causam elevado trauma cirúrgico, razão pela qual a medicina busca alternativas menos dolorosas e traumáticas. A laparoscopia (ou videocirurgia) revolucionou a cirurgia internacional, permitindo avanços significativos em aplicações que vão do diagnóstico a avançadas técnicas cirúrgicas, com vantagens significativas para o tratamento e qualidade de vida do paciente.

O câncer, principal causa de morte no mundo, tem como uma de suas principais ferramentas terapêuticas a cirurgia. "Os avanços proporcionados pela laparoscopia permitiram uma melhora importante no estadiamento do câncer e favoreceram uma verdadeira revolução nas intervenções terapêuticas", avalia o cirurgião oncológico Giuliano Noccioli Mendes.

O emprego das técnicas minimamente invasivas em cirurgia oncológica foi introduzido com cautela, uma vez que diferenciais importantes devem ser observados neste modelo cirúrgico. "Mas o que se percebeu foi que o acesso laparoscópico do aparelho digestivo apresenta melhor resposta imunológica ao trauma cirúrgico, especialmente para o tratamento de tumores no esôfago, estômago, intestino (cólon e reto) e pâncreas", explica.

De acordo com o especialista, a opção pelo procedimento minimamente invasivo é seguro e apresenta resultados tão satisfatórios quanto os apresentados pela cirurgia convencional, com importantes vantagens ao paciente. Entre os principais aspectos estão incidência menor de dor ? e portanto menor necessidade de uso de analgésicos, realimentação precoce, menor taxa de infecção ? já que expõe muito menos os tecidos internos, menor chance de perda de sangue e transfusão, bem como menor chance de complicações e de ferida operatória - como hérnias ou infecções, menor período de internação e, por consequência, rápida recuperação e retorno às atividades.

No caso dos doentes oncológicos, esse conceito assume importância ainda maior, pois reduz as taxas de complicações da ferida operatória, muito relevante em pacientes com baixa expectativa de vida. Além disso, a rápida recuperação pós-operatória permite a introdução dos tratamentos coadjuvantes (químio e radioterapia) de maneira mais rápida e com maior possibilidade de cumprimento de protocolos. "Para completar o rol de possibilidade, os avanços tecnológicos, tais como a plataforma robótica, pinças com diversas formas de energia e melhora nos sistemas ópticos e de vídeo, têm se mostrado úteis na realização de procedimentos com resultados bastante promissores".
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