São Paulo - SP--(
DINO - 16 abr, 2020) -
Após praticamente 5 meses de pandemia, o Brasil se aproxima do número de 30 mil casos, segundo balanço realizado pelo Ministério da Saúde. Divulgado em grande escala, a população tem conhecimento que Covid-19 pode ter sintomas semelhantes a gripe ou resfriado, mas o diagnóstico vai além de sintomas e tem imagem própria segundo o Biomédico e professor universitário Robson Sousa Mariano.
Mariano lembra que o biomédico está na linha de frente na investigação de comprometimentos pulmonares por meio dos exames de imagem. “Nesse momento a Radiografia simples ajuda na triagem, porém e a Tomografia é essencial para um diagnóstico mais assertivo. A radiologia no Coronavírus é muito importante por ter a visão peculiar e que em alguns casos em paciente com DPOC´s (Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas) tem aspectos semelhantes. Um pulmão adoecido com o vírus tem um aspecto de vidro fosco e acomete de forma periférica, bilateral e em alguns casos múltiplos lobos (com diversos focos)”.
No caso de pacientes sem históricos de problemas pulmonares os exames de imagens são fundamentais para a detecção da doença já que não existem testes rápidos e em grande quantidade disponível no país. A Tomografia Computadorizada do tórax pode detectar anormalidades pulmonares com alta sensibilidade, o que é bastante útil para o diagnóstico precoce da doença e consequentemente seu tratamento.
O biomédico alerta que o profissional que está à linha de frente na realização desse exame tem a responsabilidade de fazê-lo de forma mais detalhada possível, podendo inclusive manipular o protocolo para conseguir um resultado mais assertivo. Robson esclarece que o cuidado com o paciente no momento do exame tem que ser único. “O lado emocional do paciente está afetado e cada pessoa deve ser tratada como um indivíduo único, mesmo no meio de um conjunto de situações que ele possa parecer ser só mais um número. Como professor, sempre alertei para a importância de cuidar de cada paciente de forma singular, já que estão ali cada um tem seu histórico e particularidades totalmente diferentes de quem acabou de sair ou de quem ainda vai entrar para realizar o exame”.
A margem de erro para esses exames de imagem é praticamente zero. Mariano explica que só ocorre quando o paciente, por conta da sua dificuldade respiratória, pode movimentar durante a realização do exame, pois para realização do mesmo é necessário que o paciente fique por alguns segundos sem respirar. Por isso, no caso do covid-19 é recomendado que o paciente esteja em apneia.
“Além de cuidar dos pacientes, os biomédicos devem seguir regras rigorosas para não ter contato com o vírus. Luvas, aventais, limpeza de equipamento, máscara e um equipe trabalhando coordenada, mas a distância necessária para não comprometer o resultado e o futuro de ambos – profissionais e paciente”, finaliza o profissional.
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